domingo, 27 de setembro de 2009

Alguma coisa acontece no meu coração...

E pensar que eu já fui um daqueles cariocas babacas, bairristas, que detestava São Paulo...
Na ultima semana, estive em Sampa, capital do Brasil e da América Latina, para uma semana de trabalho e pude, mais uma vez, constatar, que “os mano pow e as mina pá” estão realmente anos luz a frente do resto do país em termos de ... tudo (menos de trânsito e praias, claro).
Em São Paulo, as pessoas são bem educadas como numa cidade média ou pequena, mas tem a visão e a mente aberta das grandes metrópoles. Apesar de aparentemente frio e sisudo, o paulista é um barato! Basta você quebrar o gelo inicial que receberá em troca um sorriso (mesmo que tímido), e palavras educadas. Paulista sabe dar informações como ninguém (nunca sofri tanto com isso como na minha atual estada em MG... mineiro, definitivamente, não sabe dar informação). O atendimento, seja num boteco, num hotel, numa boate, ou num restaurante de luxo, em SP é um oasis, principalmente pra nós cariocas.
O paulista, às vezes, até peca pelo excesso de “genteboisse”, o que dá para muitos, a impressão do paulistano ser meio bobão. Mas antes, nesse caso, pecar pelo excesso, do que pela falta.
São Paulo tem violência, mendigos, pivetes, assaltantes e pedintes. Mas até nisso, lá é mais civilizado. As crianças no sinal, digo, farol (né mano?), pedem, e se você diz não, elas saem. Ninguém vem com jatinhos de água suja pra jogar no seu vidro e te forçar a dar uns trocados. Você não precisa bater boca, ficar puto nem se sentir pior do que a situação já sugere.
Fora, claro, a vida cultural e social 24hs de Sampa, que é uma benção!

Na terça, dia em que cheguei à cidade, fui ao Studio SP assistir ao show da cantora Tiê. O lugar é uma graça. Um tamanho bacana, perfeito para shows menores, um som bem razoável, uma galera interessante e interessada, uma discotecagem muito interessante, misturando Black, rock e musica brasileira de uma forma que não ouvia há tempos. Tiê é uma graça. Tem uma voz doce e canções singelas que nos fazem suspirar um suspiro nostálgico, de uma época em que, se não vivemos, gostaríamos muito de ter vivido. Em determinado momento, o show beira a monotonia, por que os arranjos são todos baseados em um violão e uma guitarra (tocada pelo Plínio Profeta... um que “tretou” com a Adriane Galisteu em meados de 90, se não me engano). Mas Tiê (que está lindamente grávida) tem carisma, um timbre lindo, e ainda muito chão pela frente e todas as arestas podem ser tranquilamente aparadas.
Saindo de lá, ainda passei no Vagas, onde estava tendo uma “balada black” só com sons da Motown. Porra! É teste pra cardíaco, amigos! E isso em plena terça feira. Sem contar que, no dia seguinte, minha roupa não fedia a cigarro como acontece em qualquer outro lugar no Brasil, pois lá, a lei anti-fumo é realmente cumprida. Claro que como toda cidade grande, ainda mais no Brasil, SP tem seus inúmeros problemas (o transito, sem duvida, é um dos piores do planeta). Mas comparativamente, ainda tenho a sensação de que a terra da garoa ainda é um lugar muito interessante para se morar. Nem que seja de segunda a quinta.

Outro dia assisti em algum lugar, provavelmente no TV Fama, uma matéria sobre a insatisfação e a renovação (ou não) do contrato da Daniella Cicarelli com a Band.
Pra começar, eu não tinha a mínima idéia que ela estava pro lá. Em segundo lugar, quem diabos ainda mantém essa moça na TV? E por fim, ela devia levantar as mãos pro céu e dar graças a Deus que ainda tem um cantinho na Bandeirantes pra ela, seja lá que tipo de negociação e salário for, por que assim, pelo menos, ela não tem que encarar um pornôzinho, rodado na praia de Paquetá, contracenando com algum desses covers toscos do Ronaldo.

Por fim, numa época em que a arte era um universo de possibilidades, musica e atuação não tinham nada a ver com o Jonas Brothers ou a turminha da Malhação, e o importante era a qualidade artística, Chico Anysio (que Deus o tenha) capitaneava (em parceria com um inspiradissimo Arnaud Rodrigues) um projeto interessantíssimo chamado Baiano & os Novos Caetanos.
Cresci ouvindo as canções que uniam rock, regional, tropicália, e um humor deliciosamente inteligente e critico que debochava do retrô, do moderno, do próprio movimento, enfim, de tudo e de todos com maestria.
Dia desses consegui baixar os dois volumes (não sei se houve outros) dos LPs de 1974 e 1975 e estou encantado por reencontrar esse tesouro escondido da música popular brasileira.
Quem tiver interesse, dá uma olhada em http://www.sombarato.org/taxonomy/term/681/all .
Tem todas as infos e links pra baixar. Vale a pena!

Ouvindo: Baiano & os Novos Caetanos – Vol. II

domingo, 20 de setembro de 2009

Dá-lhe, Zé!

Semana nova. Novela nova, tudo novo. Mais ou menos.
A Thais Araújo continua (apesar de ser uma das mulheres mais lindas do Brasil, principalmente pra quem tem uma queda por um bifinho bem passado, como eu) péssima e forçada. E o José Mayer continua, há pelo menos cinqüenta anos, sendo o maior galã do Brasil.
Sinceramente, acho que o cara é sim o maior galã do Brasil.
Se eu tivesse que escolher um maluco pica das galáxias pra ser na próxima encarnação, não seria o Bruno Gaglitarso, não seria o Thiago Lacerda, não seria o Fábio Assunção, nem o Luigi Baricelli. Não seria o Theo Becker! Ok... to zoando. Gianecchini, nem pensar, né mona? Eu ficaria entre o Santoro e o José Mayer. Mas na boa? O Zé venceria com louvor.
O tempo passa, o tempo “avua” e o “gramur” do Zezinho continua
numa boa.
Ele não é um homem necessariamente bonito, como o Marcelo Anthony, por exemplo. Não tem um corpão como o Malvino Salvador. Mas ele é o chamado homem com cara de homem. Homem com charme de homem. E na medida certa! Não é um “cafa” exagerado como o Humberto Ramiro Martins, nem troglodita como um Frotinha. José Mayer, do alto de seus cinqüenta e dois anos, é o cara. Ele entra, ao lado de figuras como Fabio Jr e Evandro Mesquita, no seleto hall de caras que todo cara gostaria de ser quando crescer. E tenho dito.


Mudando de assunto, há exata uma semana eu acompanhei alguns lances do VMA, premiação máxima da MTV americana. E não foi o barraco do Kanye West, nem o figurino da Lady Gaga que me chamaram mais atenção. O que realmente me chamou a atenção, foram dois fatos exatamente ligados ao pobre coitado “rock”.
O primeiro foi justamente a total ausência de indicações de artistas de rock aos prêmios. Com exceção da categoria rock, nenhuma das categorias principais tinha qualquer representante do gênero. Ok! A Lady Gaga é rock pra caralho! Mas vamos combinar que é muito pouco. Não tinha em artista feminino, masculino, artista do ano e nem em revelação. O segundo fato, está diretamente ligado ao primeiro. Após uma apresentação impecável do Muse, uma das mais competentes bandas de rock dessa ultima geração, o repórter (???) Didi, que fazia os comentários e via a repercussão da audiência brasileira via internet, juntamente com Marina Person, leu uma série de recados deixados pela “moçada antenada” que acompanhava a premiação. E para meu total espanto (eu não sei como ainda me espanto com essas coisas), era unânime o repudio dos “pequerruchos” a apresentação da banda britânica. “Chata”, “mala”, “sem noção” e até um “tosco”, foram adjetivos utilizados para definir o show dos caras, segundo a “meninada da hora” que deixava suas opiniões na grande rede mundial de computadores. A cara de constrangimento da Marina era nítida. A pobre apresentadora ficou ate desnorteada, tamanha ignorância que a audiência de sua emissora demonstrou no episodio. Gente... Ok! Gosto é gosto. É que nem cu. Cada um tem o seu e apesar de achar que se discute sim, não vou entrar nesse mérito. Mas chamar, com unanimidade, o Muse de “tosco”, ultrapassa qualquer tipo de lógica. Booooom, mas booooom mesmo é o NX Zero, o Cine, o Strike e a puta que os pariu!
Se alguém, caso não conheça, quiser dar uma olhada no som “tosco” que o Muse faz, segue uns links:

http://www.youtube.com/watch?v=8tugqHunwDA&feature=channel_page

http://www.youtube.com/watch?v=pzpGk44UXKQ&feature=channel

Em tempo... já é meia noite e cinco de domingo para segunda e o Gugu continua no ar... Nesse horário, certamente ele vai ser o apresentador de programas de auditório dominical líder de audiência. Sem duvidas.

Ouvindo: NX Zero. Mentira! Muse, obviamente.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Calcinha, um exocet!!!

Conforme prometido, relato aqui minha saga “musical- antropológica” da ultima sexta-feira.
Nada mais apropriado que comemorar a despedida de Caminho das Índias, a novela mais Are Baba da década, num show dos intérpretes da música (????????) que embalou o corneamento, digo, relacionamento (e torturou nossos ouvidos, de quebra), mais aclamado pelo público (tanto no pessoaaaaal, quanto no profissionaaaaal) ao longo dos últimos meses: a trilha sonora de Abel e Norminha, Calcinha Preta com seu indefectível “ Você não vale nada, mas eu gosto de você”.
Até agora eu não descobri se o nome é apenas “Você não vale nada” ou se assim como “(I can´t get no) Satisfaction” rola um “mas eu gosto de você” entre parênteses. Se não tinha, eu sugiro acrescentar urgente! Toda banda que se preze tem que ter uma musica com parênteses! TIK!
O show foi numa localidade deveras auspiciosa, chamada Quirinópolis, interior de Goiás. Não me perguntem o que fui fazer lá. Mas fiquem tranqüilos: foi profissional.
Após ter visto (e me decepcionado) com o ultimo capitulo da novela, parti para o clube onde o evento aconteceria pensando: ok... a novela foi uma bosta... mas eu vou ver O CALCINHA PRETA, PORRA!!!!!!!!!
Pra quem não sabe, o Calcinha Preta já foi uma banda de forró. Hoje, eles são uma banda... pop! E sua maior característica é fazer releitura de musicas dos estilos mais variados, em inglês ou português, ou indiano por que não, no ritmo do forró enlatado, digo, moderno, que tomou conta do nordeste nas ultimas décadas. As musicas que não são em português, ganham versões (que obviamente não são traduções) pra lá de surreais. De Guns n´Roses com Sweet Child O´Mine a João Bosco e Vinicius com Chora me Liga, a musica nacional e mundial, sabe-se lá como, estava toda representada (e devidamente NÃO liberada, obviamente) em mais de 90 minutos de muito swing, malemolência, gingado, e pirotecnia visual.
O publico era um show a parte. Assim como seus ídolos, todo mundo estava paramentado com muitos acessórios brilhantes, muitas roupas brilhantes, muitos sapatos brilhantes, muitos detalhes brilhantes, caralho, não sei quem brilhava mais, o publico ou a porra dos painéis de led que ficam o tempo todo acessos no palco! PQP! Mas, o importante era que tudo combinava. Nunca vi tanto estampado junto. Tanto xadrez junto com listras. Tantos jeans “mudernamente” desbotados, rasgados, com chapinhas, desenhados... mas sempre, com muito brilho. Parecia queima total da ponta de estoque da Leader Magazine numa fusão não anunciada com a Citycol e a Marisa.
Os cabelos das moças eram um show a parte. Eu praticamente me sentia na Suécia, tal o numero de loiras (????) dos mais variados tons e de cabelo liso (?????????) que eu avistava por metro quadrado. Não fossem as ruivas (de variados tons também), as rosas (idem) e as azuladas (acho que vi um azul claro e um azul escuro), eu acharia mesmo que estava na Escandinávia. Castanho??? Não... não vi ninguém de cabelo castanho não. Muito brilho!
O detalhe é que eu estava na área VIP. O detalhe do detalhe é que a área VIP eram os 2/3 do salão começando na frente do palco e indo em direção ao final do salão. Ou seja; a área VIP era bem maior que a pista! Ou seja: não existia área VIP. Em determinado momento, eu olhei pras carinhas tristes esmagadas na grade que separava a área VIP(???) da pista (????) e pensei: se a área VIP daqui é assim, imagina na Jamaica...
Repentinamente, o locutor grita no microfone: vocês querem Calcinha Preta? A multidão vai ao delírio! E ele continua: eles vão escolher durante o show um homem e uma mulher pra beijar um dançarino e uma dançarina na boca! Gritos histéricos do publico. Pelo sim, pelo não, tratei de dar umas cotoveladas e me ajeitar um pouco mais próximo ao palco... vai que, NE? E começa a contagem regressiva: 10, 9, 8...2,1... Calcinha Preta!!!!!!!
No painel central de Led, uma montagem com melhores (???) momentos de shows da banda, intercalando vários trechos de sucessos do Calcinha, e uma locução gravíssima, estilo trailler de filme de ação americano anuncia que agora no palco, a maior banda de forro do Planeta (imagino o que as bandas de forro da Dinamarca, ou as bandas de forro de Papua Nova Guine, ou então as do Canadá, de Omsk, Wladvostok e Dudinka, devem achar disso?) agora com seu novo CD e DVD, volume 19 ao vivo!!!!!!!
Pra minha total surpresa, o locutor de trailler emenda com a perola: incluindo uma inédita homenagem ao rei do pop, Michael Jackson! Eis que entra um clipe com imagens do Michael, e de BG uma versão totalmente excelente de Ben, em português, claro! Foi a primeira vez que eu vi um comercial do disco ser a abertura do show do artista. Eles estão anos luz marketeiramente falando, a nossa frente. Brilho. Muito brilho.
Depois do comercial e da justíssima homenagem ao rei, a banda sobe ao palco junto dos bailarinos (uns caras malhados que são a capa do mês da G Magazine.... me disseram!!!) vestidos de guarda de transito, e das bailarinas (gostooooooooooooooosas... pq elas não são a capa da Sexy desse mês??? Ou da Brazil, pelo menos...) com vestidos curtos e sutiãs a mostra, e atacam de cara: Você não vale nada, mas eu gosto de você!!! A platéia delira! Cenas de Norminha e Abel no telão. Catarse coletiva.
As cantoras (sim, são quatro cantoras diferentes), todas, uma espécie de elo perdido entre a Ivete e a Joelma, são... jeitosas.
Mas são os cantores os grande destaque do scratch do Calcinha. Marlos e Bell parecem ter sido catapultados de uma daquelas bandas de hard rock dos anos 80. São altos, musculosos, e tem cabelos enormes (Marlos é loiro, assim como a platéia germânica que os assiste, e Bell tem cabelos pretos como as asas da graúna). Se vestem com calças apertadas, camisas pretas e, pasmem, sobretudo de couro, afinal, estava praticamente nevando no interior de Goiás. Eu jurava que Marlos, na sua primeira entrada, ia abrir a boca e entoar: Oh, give me something to belive in... Jurava que era o Bret Michaels do Poison! Alias, a Record ta perdendo dinheiro. Podia parodiar o Rock of Love da VH1, e fazer o Forró of Love, tentando arrumar uma namorada pro Marlos num reality. Seria... um brilho só!
Enfim... uma serie de sucessos deles (pela forma que o povo cantava, acho que só podiam ser sucesso....) e de outros artistas vão entrando em fileira, frenético! Não para, não para, não para não! Reggae, pop, dance, axé, e te forró! Teve de tudo!
E assim se sucede durante quase duas horas de tortura, digo, de show.
Um detalhe importante: um dos fatos que me faz concluir que eles são agora uma banda pop, é que as pessoas (pelo menos em Quirinopolis) não dançavam forró juntas, como em qq show de banda de forro. Elas ficavam viradas pro palco, cantando, balançando as mãos e fazendo uns passinhos, meio forro, meio calypso, meio eletrônico, meio sei lá o que...
Foi, ao menos antropologicamente falando, uma experiência interessante e eu tive a certeza que, are baba, o Brasil é realmente um pais de dimensões continentais. Brilhooooooo total!

Por falar em Brasil, desde a ultima segunda, o Brasil voltou a ser mais uma vez um pais lindo, limpo, ensolarado, com praias paradisíacas, gente bonita e sempre muito casual chic andando pelas ruas do Leblon e ouvindo, bossa nova, jazz e Chico Buarque. Começou mais uma novela do Maneco. Vamos ver o que essa Helena aprontará dessa vez.

Tik, digo, bip.

Ouvindo: Oasis (Be Here Now)

sábado, 12 de setembro de 2009

Apagaram as lamparinas da Glorinha???

Arebagaundi!
Será que as lamparinas do juízo de Glória Perez apagaram-se bem no último capitulo da novela? TIK...
Antes de mais nada, quero deixar claro minha frustração! Não gostei. Não curti. Não me emocionei. E olha que eu corri! Corri muito. Estava no meio de uma viagem e cheguei à recepção do hotel quando as barbas brancas do Lima Duarte já povoavam a tela.
Nem preciso dizer que vi o primeiro bloco inteiro na recepção.

A impressão que tenho tido nos últimos anos é que o conteúdo de 3, 4 capítulos finais das novelas, ou de até uma semana, começou a ser gravado em pouquíssimos dias ou até no dia anterior (me corrijam se eu tiver falando besteira) a sua exibição, pra que os desfechos não vazem.
Achei tudo tão achatado. Tão espremido. Tão sem ritmo. Na verdade tanta coisa acontecendo todo momento, que paradoxalmente, o ritmo frenético constante deixou o capítulo com uma impressão de interminável. E não foi pelo fato de ter 1:30h de duração. Foi pq ficou enfadonho mesmo. Lembro de ter pensado no último intervalo comercial: casseta! Ainda tem mais um???

O começo foi interessante. Opash, tal qual Luke Skywalker, descobre que seu arquiinimigo é seu pai. Batido. Previsível. Assim como a aceitação do fato pelos dois. Mas, uma cena com Lima Duarte, Tony Ramos e a Bruxa do 71, digo Laura Cardoso, pode ser dirigida por um estudante do primeiro período de cinema da Estácio, que ainda assim será boa.
Só que a mudança de comportamento de Opash depois do ocorrido jamais poderia ser tão repentina, rápida e drástica. E como tudo estava acontecendo em tempo quase real, não dava nem pra colocar os famigerados dizeres “algumas semanas depois...” . Ou seja, ele mudou em horas de um ferrenho defensor das tradições e fã de carteirinha do sistema de castas, para um cara liberal, mente aberta, que abraça o pequeno e “impuro” dalit, o leva pra casa, aceita a volta da filha fujona numa boa e só faltou virar pro “Indra Star Light Chapinha Hair” e dizer: e ai brow? Ta usando camisinha pra carcar minha filhota??? Beleza então! Vamos tomar um tchai e jogar wii juntos ali na sala de visitas!
Opash inclusive, deveria fazer um exame de DNA pra ver se ele não é tb um dalit!
Ele conseguiu em 3 capítulos passar e muito o Raul na escala “Sefodeaimaluco”. O cara perdeu um filho, descobriu que o neto não era seu neto e ainda era um intocável, colocou a nora viúva pra fora de casa, descobriu que era filho do Darth Vader, fora o fato de ter perdido as eleições pra senadora Marina Silva, digo, pra Budja, e de ter uma nora fingindo estar grávida em casa! Credo! Se benze, Opash!

Por falar nisso, a cena do nascimento da pseudo filha da Surya (Lord Ganesha, quero ter uma esposa grávida magrinha, linda e em forma como Cléo Pires ficou em sua pseudo gravidez), foi no mínimo constrangedora. Assim como o toque lúdico e mágico (que sinceramente não entendi até agora...achei ate que tivesse cochilado e perdido alguma parte) que deram ao reencontro de Raj e Maya.

O clima de Senado, onde tudo parece terminar em pizza, também pareceu tomar conta do último capitulo.
Glorinha, meu amor, o povo quer ver sangue! Quer ver a porrada comer na casa de Noca! Esse tom de desfechos com punições implícitas não combina com novela das oito!
A própria Surya, depois de será eleita Miss Naja Ananda 2009, teve como castigo ter... uma filha ao invés de um filho!!!
O Zeca Pit Bull virou um bom menino pegando como pena por ter atropelado uma pessoa que estava grávida, dirigindo em alta velocidade, apenas um trabalho social? Ah ta! E o papai e mamãe escroques dele, também começaram a ficar com o coração amolecido, vendo o filho de classe media alta, analfabeto, contando (ou tentando contar, pq o maluco não sabe ler...) historinhas pras criancinhas da Casa Cazuza?
O Gopal ficou com uma grana que foi roubada (ladrão, mesmo os que roubam ladrão, tem que sofrer alguma conseqüência) ficou com a grana e ainda virou agiota, emprestando a bufunfa a juros galopantes pra Maya.
Norminha continuou corneando Abel, e ele continuou gostando.
O Radesh, 171 de carteirinha, versão light da Ivone, levitou, enganou mais uma vez a comunidade da lapa, ganhou a grana e ficou com a bonitinha encalhada. E como num quadro do Chico Anysio Show, “ai, ele foi pra galeeeeeera”.
Mas nada se compara ou desfecho de Ivone!!! A Ivone sai literalmente linda, leve e solta pela porta da frente numa cena insossa e nada condizente com o turbilhão de emoções que a personagem causou durante toda a trama.
E a única garantia que temos de que haverá justiça é que, segundo o Dr. Castanha Afrodisíaca do Pará, logo logo a policia colocara as mãos nela (ok...).
Dr. Castanho que, por sua vez, terminou a novela comendo a mulata gostosa, pra meu total desespero! Menos mal que o bom velhinho, cara moderno e nitidamente adepto ao swing e a troca de casais liberais, incluiu oficialmente o doidinho dançarino no triângulo amoroso.

Contradizendo totalmente tudo que escrevi até agora, minha alegria real foi ver que a minha campanha deu certo e o Raulzinho, mesmo que não tendo o perdão da família (mais um castiguinho implícito do final da novela) e tendo que aguardar um desfecho final do processo, acabou indo reconstruir a vida em liberdade, num lugar ermo, distante e onde ninguém o conhece, por que não tem jornal, internet, nem TV a cabo... o interior de São Paulo!


Já Marcio Garcia, se pelo menos não entrou mudo, dessa vez saiu calado! Pra que trocar o aconchego da Record pra pagar um elefante, digo, mico desses?
Cenas intermináveis e sem nenhuma necessidade como a dos 60 anos de Manu, também deram no saco!
A única coisa coerente foi o Raj desenrolando a Maya pra dar aquela bimbada no final!!! Pra continuar biscoitando a Juliana Paes, eu desculpava ela mesmo que o pequeno Niraj fosse filho do Osama Bin Laden!

Enfim... assim como já havia acontecido no final de A Favorita (quem não teve vontade de quebrar a TV ao ver as jovens Patricia Pillar e Claudia Raia cantando Beijinho Doce???), o desfecho quase complicou o conjunto da obra. Foi tudo corrido, raso, um tom meio fake no ar. Mas, mesmo assim, Caminho das Índias foi o melhor e mais interessante trabalho da Gloria Perez nas ultimas décadas. Uma novela da Gloria Perez com todos os elementos de uma novela da Gloria Perez (pro bem e pro mal). Mas com excelentes reviravoltas na reta final, que deram um tchan na coisa toda.
Os textos, que assim como as musicas do Marcelo D2, são uma meia dúzia de 3 ou 4 expressões que apenas alternam aleatoriamente seu lugar na frase, meio em português, meio em indiano do Paraguai, conquistaram as ruas, as casas e essa porra desse blog idiota também!
E apesar de ter ficado as ultimas semanas parado como coluna do templo, ao invés de ir arrastar meu sare pelo mercado, entre as 21h e 22h, terei saudades desse folhetim tão auspicioso!

Pra finalizar, eu ainda tive a sorte(?????????) de me despedir da novela com um show pitoresco e pirotécnico do Calcinha Preta (juro por Lord Ganesha que não é brincadeira), com direito a homenagem (???) a Michael Jackson e tudo, na noite de ontem, no interior de Goiás, numa cidade chamada Qurinópolis.
Mas esse desfecho alucicrazy do ultimo capitulo da novela, eu conto no próximo post.

Quem viu o final da novela? Quem concorda com esse bando de besteiras que eu escrevi? Quem acha que só falei merda? Quem me ensina a moderar os comentários do blog???
Namastê!


Ouvindo: Lily Allen (meu novo grande amor... ai, ai)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Free, free, Raul Cadore free, tererê!

Já recebi sérias retaliações desde que comecei, informalmente, a minha campanha em prol da libertação de Raul Cadore, o único grande personagem loser da tele dramaturgia brasileira que não foi interpretado pelo Daniel Dantas.
Mas, como eu, parafraseando Eurico Miranda, quero que o mar pegue fogo pra comer peixe frito, sigo firme e forte e oficializo nesta semana tão importante pra toda a nação brasileira (não... não é por causa de 7 de setembro... é por causa do final da novela mesmo) a campanha: Free, free, Raul Cadore free, tererê!

Vocês vão perguntar: por que?

Vão alegar que (essa é pra vc, Dui) ele sabia tudo que estava fazendo! Fez tudo consciente!
Vão dizer que ele é sim um criminoso como a Ivone, como o Mike and the Mechanics (ou Erik, sei lá), qto Jack, O Estripador...
Ok! Ok!Ok! Concordo!
Não estou defendendo que ele não é criminoso. Ele é sim! Fato!
O que defendo é que ele não precisa ser preso, por que ele já está cumprindo pena há muito tempo!!!
Pensem... o cara é o primeiro criminoso que só se fodeu desde que cometeu o crime!
Ele passou uns mesezinhos curtindo com a Ivone... tudo bem! Mas isso foi só em alguns míseros capítulos.
Depois, o maluco só se lascou! Levou um tunga da mulher pala qual estava apaixonado (também, com a Sabatella é mole...), perdeu toda a grana pra essa mesma mulher, não podia ficar lá nas “oropa” por que não tinha dinheiro, nem voltar pro Brasil, por que aqui ele tava morto! E o único contato dele com o mundo exterior era Gopal e seu bigode!!! Perseguiu a Ivone o último terço da novela inteiro, e quando consegue colocar as mãos nela, na grana, e partir pro abraço, ele resolve dar uma de Bial e dar uma espiadinha casa mais doida do pedaço. Resultado? Acaba sendo seqüestrado no lugar do gêmeo mal, o Raquel Cadore, pela própria filha e seu namorado, o Elegante, digo, o Beca! Fica preso, leva esculacho, e quando os “puliça” chega pra soltar o cara (o que por si só já é um fato mirabolante) ele acaba sendo preso por confessar que ele é ele. E agora, ta com toda pinta de que o delegado ta caindo no canto da Sereia, digo, da Ivone, e a troco de um gargaflex da mulher do André Gonçalves (que também já foi mulher de Ângelo Antônio, o Beija Flor de O Dono do Mundo... outro loser de carteirinha), vai querer liberar a moça e colocar a culpa no Raul... do jeito que o cara é zicado, não duvido nada.

Rauloser Cadore é ou não é o maior perdedor da história das novelas? Eu acho até que ele é um dalit que foi trocado na maternidade.
Nem Tião Galinha (o do cramuiãozinho na garrafa), nem o Marcos Caruso em Páginas da Vida, nem o Conrado do Fudêncio, nem o Foguinho de Cobras e Lagartos, nem todas as personagens da Thalia juntas nas novelas do SBT, ninguém é tão lascado na vida qto a personagem de Alexandre Borges na Maminha da Índias. Ninguém!
E se o Abel perdoou a Norminha, se o Raj (que Lord Ganesha o tenha) vai perdoar (caso volte do fundo do Ganges) a Maya, se o Stenio Garcia tá comendo aquela morena gostosa às pampas, se o Lima Duarte comeu Lakshmi (mesmo que num passado remotíssimo), por que, eu disse, por que diabos o Raulzito não pode ser solto??? Licença poética, minha gente!!!
Chamaoraul Cadore entraria assim para o seleto (nem tanto) grupo dos brasileiros famosos que pintaram o sete (o oito, o nove...) e se deram bem no final, junto de Bia Falcão, Leila (que matou Odete Roitman) e seu marido, Reginaldo Farias (que deu a “banana” pro Brasil), Marcos Valério, Delúbio e Palocci, João Alves e seus anões, Vanusa (que assassinou o hino e ta ai, livre, leve, solta e cheia de labirintite), Ferdinand Collor, Ronald Biggs, Mike Tyson (que nasceu no Jacarézinho), Bin Laden (que nasceu no Alemão), Dado Dolabella e claro, Sarney, o primo do Gopal.

Quem quiser aderir ao movimento, basta manda um email para
gloriaperez@caminhodasindias.com.br com o título “Libera o Raul”, ou aparecer no Projac com uns cartazes e umas bandanas com os mesmos dizeres, e aguarde cenas dos próximos capítulos... Arebaguandi!

Em tempo! Superpobre consegue, ainda, depois de tanto tempo, me surpreender dando uma aula de auto superação. Quando você pensa que não tem mais de onde sair bizarrices, vem a Gimenez e pimba!!! I can´t get no!
O programa dessa segunda-feira, girou em torno de arrumar um namorado pra Cida.
Who´s fuking Cida??? Será a filha da Xuxa falando da Cindrome da Imunodeficiência?
Não senhores e senhoras. É aquela senhora maluca do BBB 2, que conversava com a irmã falecida e raspava a virilha na banheira.
Não satisfeita em tentar arrumar, dia desses, uma namorada pro Padre Jader, da Igreja Renovada (???), agora a mãe do filho do Jagger tenta arrumar um namorado pra Cida, ex BBB 2! Se fosse alguém do BBB, 8...ou 9... vá-la... ainda seria menos constrangedor. Mas do BBB 2???
Foi, claro, lamentável. E eu, claro, adorei!
A senhora, que deve ter uns 65 anos, mas acha que tem 25, ficou entre dois garotões com pinta de GO GO Boy. Sinceramente, não sei qual dos dois faturou... já estava demasiado freak pra mim!
Desejo toda sorte do mundo à Cida, seja com qual garotão ela tenha ficado. E até que o próximo reality os separe.

Caraca!!! Já tenho ... 4 seguidores!!! Mas... que diabos é isso? Pra que serve? Como funciona???? Heeeeeeeelp!
Amém!

Câmbio. Desligo.

Ouvindo: Led Zeppelin I

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Isso é apenas um teste...

Não dê tanto crédito assim ao que você vai ler nas próximas linhas.
Como o próprio título diz: Isso é apenas um teste.
Na verdade não sei quem ou quando vão ler.
Eu não tenho myspace... nem twitter... tampouco face book. Sou um cara à moda antiga. tenho ORKUT. Dois! Cheios! Grandes merdas! Alguém ainda dá crédito pra Orkut? Tenho tb um fotolog! Ok... esse eu não uso mais. Não sou tão démodé assim.
Não tenho idéia de como nem onde vou divulgar que essa porcaria existe, uma vez que ninguém mais presta atenção nos scraps do Orkut. Tanto spam que chega naquele pequeno espaço de tela que é compreensível que as pessoas, de um modo geral, não prestem mesmo atenção.
Mas tem nada não. Eu vou falando pra um amigo aqui, outro ali, e uma hora eu acho que consigo 17 leitores (1/2 leitor a menos que o Agamenon Mendes Pedreira, já que ele tem um anão, sem ofensa ou menosprezo aos anões que por ventura possam vir a ler esse diário).
Necessidade.
A mesma que faz o sapo pular.
Talvez por eu estar longe de tudo, de todos, dos amigos, família, numa semi-depressão semi-profunda, querendo cortar os pulsos, entediado pra caralho, rasgando os culhões, putaqueopariufilhadaputa (ufa...desabafei), a necessidade de escrever na forma de diário/blog tenha sistematicamente punhetado minha cabeça nas últimas semanas.
Então pensei: Pq blogar? Pq não blogar! Bloguei! Eis me aqui, digníssimos.
Minha história com os bloguinhos já não é de hoje...
Leio, volta e meia uns blogs aqui e ali. Acho alguns interessantérrimos... outros nem tanto. Mas gosto da ideia. Tive um blog na extinta(???) página da extinta(???) revista(???) Laboratório Pop. Era bem visitado. Bem comentado. Havia uma magia no ar. Mas eu gostava de Los Hermanos. E o Mário Marques achou melhor passar o lima no meu blog. Pior pra ele. Perdeu um excelente especialista em... em... novelas! E programas toscos de TV! E futilidades! Sim! Eu acho que sou o elo perdido entre o Leão Lobo e o Xexéu! Óquei, óquei...
Tentei manter o blog numa outra "casa"... mas não estava num momento muito... auspicioso (começaram as referências) para manter a regularidade mínima que esse tipo de atividade requer.
Agora é diferente!!!
Ainda sei que vou apanhar muito pra deixar isso num formato legal, com um layout supimpa, interessante, descolado (urrrrgh) e tudo mais... mas do que valeria a vida se não fossem os desafios, como já diria aquele maluco americano que vê sempre o traseiro do Asafa Powell na frente dele.
Enfim... estou novamente por aqui. Com as mesmas besteiras de sempre e os mesmos erros de ortografia de sempre (fudeu!!! agora tem a norma ortografica nova... fudeu geral!!!). A gente se esbarra.
E o próximo post já não será mais um teste. Até pq, sendo esta a última semana de Caminho das Índias, não faltará assunto (o blog também foi uma desculpa que arrumei pra ninguém me importunar entre 20:30h e 22:00h daqui pra sexta feira, já que agora eu tenho a função social e cultural de comentar sobre o folhetim das oito).
Aproveito pra lançar aqui, oficialmente,a campanha Free, free, Raul Cadore Free (tererê)! Falamos mais no proximo.
Baiquebaibaibaibai (dou um tufo do bigode do Gopal pra quem lembrar quem era a apresentadora que se despedia assim)!

Ouvindo (sim... disso eu provavelmente não abrirei mão): The Killers - Sawdust (o disquinho mais chatinho deles... mas, tem seu valor)