quarta-feira, 28 de abril de 2010

sem tempo...

... nem pra me coçar.
mas, é melhor ser alegre que ser triste!
fato.

volto já.

junds

sábado, 17 de abril de 2010

O Eletro



- Gente, esse é o Manfredo. Esse aqui é o Artur. Eles são do Eletrodomésticos e vão dar uma canja com a gente no próximo Hard Rock, quarta que vem. É a música do Choveu no meu Chip... – Nos comunicou Marcelo Reis.

- Ah! Maneiro!!! – respondi empolgado.

Fato que eu era o único ali do Som da Rua que tinha idade para lembrar do hit que invadiu as rádios no final da década de 80.

Isso há pelo menos uns oito anos. Em meados de 2002, se não me engano. O ensaio foi ótimo. Eles gostavam muito do trabalho (o trabalho que o SDR ainda estava moldando) da gente. Tocamos, se não me engano também (pelo menos no ensaio levamos ela) “O Tempo”, bela balada, única parceria do Liô com o Nettinho. Tocamos alguma coisa de Legião e, claro, “Choveu no meu chip”. A canja foi uma delicia, e de lá pra cá, o Som da Rua e o Eletro (eles tiraram o “domésticos”, que dava um ar meio datado há um trabalho que estava em franca modificação e evolução) viraram bandas co-irmãs. Lembro da primeira musica do Eletro (ainda com cara de “domésticos”) que toquei na Vez do Brasil, programinha dominical que apresentava com bandas novas na extinta Rádio Cidade. Chamava “Políticos”. Lembro também da alegria que senti quando recebi a demo que continha “Pra continuar”, já sob a alcunha e com cara de Eletro. Lembro de ter falado com o Liô: bacana, heim! Os caras estão amadurecendo pra caramba! Ele também achava isso. Liô era fã incondicional, assim como eu, do Eletro.
Recordo-me com carinho e muita saudade do nosso primeiro show juntos. No Cultural Bar em Juiz de Fora. Nessa ocasião, onde conheci o restante da banda, achei que o pequeno (em estatura, mas não em talento) e calado Alexandre, que parecia ser bem mais novo que o restante da galera, antigo baterista, era filho do Manfredo!!! Na hora da passagem de som perguntei ao Marcelo Reis ao ver o menino sentar na bateria:

- Legal... o filho do Manfra também é baterista?
- Filho? Que filho?
- Esse menino ai sentado na bateria!
- Não! Ele É o baterista! E NÃO É filho do Manfredo!
- Putaqueopariu....

O show foi divertidíssimo. Artur cantou Don´t look back do Oasis com a gente. Artur e Manfredo se tornaram amigos pessoais. Pessoas que tenho no meu circulo de amizades mais queridas.

Assisti há shows memoráveis do Eletro. No Teatro Odisséia, no Humaitá pra Peixe (com o Reverse), onde eles tiveram peito para fazer um show onde o divertimento suplantou à “marrinha blasé” que muitas bandas indies tinham ao tocar no festival. Transformaram o Sérgio Porto num grande baile com todos dançando e cantando no bis ao som de Smiths!!!!!!! Nem todos entenderam a proposta. Mas quem estava ali se divertiu ate a raiz do cabelo. Me emocionei também no show do Canecão, com lindo cenário da emblemática tomadinha e luzes penduradas. Tudo com muito bom gosto. Teve também a dobradinha que fizemos na Melt, já com o Emilio nos vocais do SDR, onde encerramos a noite todos juntos no palco tocando Back in the USSR

Na época do falecimento do Liô, muita gente se manifestou e nos deu força das mais variadas e belas formas. O Eletro inseriu Tanto Faz (única parceria minha e do Liô no Musicas para violão e guitarra) em seu repertório e durante muito, muito tempo, levaram o trabalho do SDR há diversos lugares e a diversas pessoas. Muitas que nçao chegaram nem a conhecer o SDR. Essa foi, sem duvida, uma das melhores e mais tocantes homenagens que a banda e o Liô poderiam receber. A eles sou muito grato por isso. Fora o fato da música ter ficado tão boa (ou melhor) na interpretação deles que na nossa!!!rs

Recentemente a banda teve duas baixas: o baterista Alexandre (que junto com o Alex no baixo formavam um dos mais dançantes e competentes grooves do rock carioca) e o guitarrista Bruno.
Bruno recebeu uma proposta de trabalho fora do RJ e não pode recusar, pelo simples fato de não conseguir ganhar, nesse tempo todo, grana com a (excelente) musica que sua banda fazia.
Bruno pra mim era um caso á parte. Bruno era o Johnny Marr brasileiro. Eu falei isso algumas vezes. Não sei se diretamente pra ele, ate por que ele era tão, tão tímido que às vezes parecia meio inacessível. A criatividade e o bom gosto, a simplicidade e a beleza dos arranjos, a conversa afinada com a guitarra do Manfredo (que também é um grande guitarrista) e a elegância com que Bruno defendia aqueles acordes, fez dele, na minha humilde opinião, um dos melhores guitarristas da nossa cena e um dos melhores que vi em ação.

Fora o Artur. Sou fã do Artur. Do cantor. Considero o Artur um dos 10 ou 15 melhores cantores pops do Brasil. Não da musica indie. Da musica em geral. Gosto da sua forma de cantar. Ele desenvolveu personalidade fortíssima. Um timbre lindo. Uma voz afinada. O vibrato, que em muitos cantores se torna uma praga brega a ser exterminada, no Artur é uma característica muito bacana e marcante. No palco, ele é carismático e tem uma excelente presença e performance. A “dancinha” do Artur (que já era a dancinha do Artur antes de existir a dancinha do Amarante) é muito, muito legal!

Ver o Eletro tocando, ainda hoje, além de me dar um grande orgulho por saber que de alguma forma fiz parte dessa historia bacana, me toca profundamente por dois motivos em especial:

Primeiro por que eles são um dos poucos bons remanescentes da minha cena de músico. Da cena que eu fiz parte, militei e defendi com unhas e dentes por quase dez anos. Da cena de bandas como Reverse, Mutreta, Polar, Som da Rua, Gram, Columbia, Stereobox, Terceira Via, Lasciva Lula, Filhos da Judith, Rabugentos, Detonautas e por que não, Los Hermanos, dentre outras. Algumas ainda estão na (árdua e quase inglória) batalha. Mas a grande maioria, por motivos diversos, mas nunca passando pela falta de qualidade artística, enceraram prematuramente suas atividades. Sem apoio das mídias, sejam os coleguinhas jornalistas que insistiram em ignorar nossa cena, sejam os radialistas que não tiveram sensibilidade de enxergar que apesar de não ter dinheiro pra pagar jabá, essas bandas tinham qualidade e senso pop para se tronarem uma cena tão popular quanto foi a do rock dos anos 80), e sem ganhar um real com sua arte, realmente fica muito difícil, quase utópico, manter uma banda de pop rock (não falo de Cines, Horis e NxZeros em geral, pois essa rapaziada faz uma outra coisa que ate hoje não consigo identificar o que é) de meados de 2000 para cá, principalmente no Rio de Janeiro.

E por fim, por que ver o Eletro no palco defendendo suas belas canções com alma e paixão, me lembra muito da minha própria banda, minha própria historia com o Som da Rua. É como se estivéssemos ali no palco. Todos juntos ainda. Felizes. Fazendo música da forma mais sincera e visceral possível.

Domingo, dia 18 de abril (amanhã) estaremos todos juntos novamente, por que depois de um longo e tenebroso inverno e da entrada de dois (ótimos) novos integrantes (Rodrigo na guitarra e Vitor na bateria), O Eletro lançara, enfim, seu primeiro e excelente disco intitulado brilhantemente de Lembra o Amanhã.
Se você gosta de musica, sem se preocupar com imagem, com pose, com rótulos, simplesmente de musica, boa musica, musica para alegrar, emocionar e, principalmente, dançar como se não houvesse hora pro baile acabar, junte-se a nós no Estrela da Lapa a partir das 21h e venha se divertir. A nossa cena agradece.

Ouvindo: O Eletro

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Rapidinhas (ou nem tanto...)

= ) Hoje sei por que jamais seria jornalista ou escritor: detesto a obrigação de escrever! Admiro quem tem essa disciplina pra organizar as idéias, vencer a preguiça e esboçar a primeira frase. Por que pra mim, a primeira frase, seja do texto ou do diálogo, o primeiro verso, o primeiro acorde, o primeiro rabisco, é o problema. O resto sai na urina! Meu total respeito e admiração aos que fazem da escrita sua arte e seu oficio, com dedicação e disciplina.

= ) Mesmo assim, venço o cansaço e a preguiça, que parecem terem sido trazidos pelas águas de marco que vieram fechando o verão e transformando o RJ em caos, e mais uma vez trago aos meus 17,5 leitores, impressões sobre tudo e todos do inútil ao desagradável!

= ) O “Melhor do Brasil”, programa que rendeu ao Rodrigo Faro (não descobri ate hoje se gosto ou não dele) o Troféu Imprensa de melhor apresentador do ano, esta com um novo e empolgante quadro: VAI DAR NAMORO COM GEYSE ARRUDA!!! Pra quem não se lembra, Geyse Arruda é aquela moça que foi esculhambada por ir à Faculdade de mini-saia (sem bicicletinha), teve seus vídeos amplamente divulgados na internet e mídia e logo após virou celebridade!!! Hoje, começo a considerar a hipótese de tudo isso ter sido uma engenhosa jogada de marketing da Geyse para se promover e chegar ao posto de “sub-celebridade instantânea série B”, outrora ocupado por gente como Eliana Lima, a “Peladona do BBB” (aquela louca que invadiu a final do BBB 3 pelada e hoje tem um grupo de forro chamado Sedução Fatal, ainda se promovendo às custas do episodio), ou de Julia Paes, que apareceu para o mundo como namorada da filha da Gretchen e hoje é uma respeitada (????) pornô star nacional. Se for isso mesmo, Duda Mendonça deve estar bege com o poder do marketing da moça...
Enfim... o fato é que Geyse, hoje completamente recauchutada com plásticas, lipos, tratamentos de pele e cabelo e coberta pro grifes caras (apesar de continuar cafona) agora quer arrumar um namorado. E ao invés de fazer como qualquer ser humano normal e ir à luta em boates, shoppings e barzinhos, Geyse, que não é um ser humano normal, e sim uma “sub-celebridade instantânea serie B”, faz um quadro num programa de TV pra escolher entre seus pretendentes, quem será o dono de seu coração. Não é demais???? Eu, por pura falta de sorte (e um pouco de incompetência) perdi o período de inscrição. Poderia ganhar. Poderia ser o novo namorado da maior “sub-celebridade instantânea serie B” da ultima semana. Mas, como diz o sábio Paulo Oliveira Larica Total: vai namorar celebridade? Delicia.......... mas, pode se foder!
Eu também não vi o quadro inteiro. Só assisti ao momento da eliminação, onde Geyse mandou o discurso padrão de eliminação em quadros realities de quinta categoria (todos vocês são ótimo... se pudesse escolheria todos. Mas infelizmente só um ficara no final, bla, bla, bla....) e limou um dos concorrentes com cara de gogo-moto-boy da competição. Tive tempo também de ouvir o Faro anunciar que na semana que vem a prova será de “afinidades”!!! Vamos saber quem tem mais (e quais são essas) “afinidades” com Geyse Arruda!!! Creeeeeedo... freak, freak, freak out!!!

= ) Outra moda que tem me chamado a atenção nas ultimas semanas, são os surreais concursos de Beyoncés mirins que tem assolado os programas dominicais. De Gugu a Domingo Legal (que, pasmem, não é mais a mesma coisa, e ainda estão em emissoras diferentes!) todo mundo agora coloca uma penca de meninas de ate 8 anos com maiozinhos encravadinhos nas pequeninas nádegas, cabelos montados (ou apliques, sei lá) e muita maquiagem pra requebrar e rebolar e fazer (ou tentando, tadinhas) a coreografia de Single ladies!!! Depois de concursos como mini É o Tchan, mini Axé Blonde, mini Dominó (para crianças afeminadas de até 8 anos) e mini Twister (para crianças com tendências psicopatas e de abuso de drogas licitas como cereais e Danoninhos de ate 8 anos) agora tem essa porra de mini Beyoncé!!! Quem sabe no próximo mês não rola um mini Rebolation??? Ou um mini Gaiolinha das Popozudinhas???? Depois os ufanistas de merda de plantão vêm reclamar que gringo só vê o Brasil como terra de putas e de turismo sexual. Por que será???? Por que, meodeos????

= ) Quem também sempre me enche de alegria e orgulho é o TV Fama.
Vivi Araujo, que completou recentemente 35 anos e teve sua festa, do cabelo da moça aos cajuzinhos, toda bancada por patrocinadores (????) lançou sem pestanejar para a repórter que a perguntou o que queria de presente de aniversário: Paz e saúde, né querida? É o mais importante!!!
Ah, tá!!!!

Mulher Melão (que tem a voz muito, muito mais grossa que a minha) esta mudando o visual e a postura. Esta ficando mais séria, mais magra e mais burra! Segundo a própria, agora que ela é também cantora(??????????????????????????????????????????????????), tem que ter uma postura diferente de quando ela só rebolava o rabicó e as próteses mamarias. Melão estava revoltada pois estavam usando, indevidamente, suas fotos num site de garotas de programa!!! A-B-S-U-R-D-O!!!! Como podem cometer uma gafe, quase um crime, desse porte???? Como???? Logo com ela???? No fim da entrevista, Melão informou aos telespectadores que seu site era o “dabriú, dabriú, dabriú ponto mulher melão....”. Caralho!!!! Caralho!!!!!! Qual é a dificuldade que essa gente tem em pronunciar corretamente dá-bli-u ?????

Por fim, Cristina Mortagua volta aos holofotes com a polêmica das fotos edipianas com o filho do Animal (e seu Tb) e diz que escreverá (ela sabe???) um livro de memórias. Devem ser as memórias de quando ela era mulher. Por que hoje ela esta a cara de um Transex mal operado!
Corta!

= ) Sinceramente? Torci pelo Dourado. Não acho que ele seja, nem de longe, homofóbico. É apenas um brasileiro médio impregnado de preconceitos e com certa limitação cultural. Nada que você, eu ou o Dicesar não tenhamamos em nosso ciclo próximo de amizades. O fato é: pela primeira vez o Brasil, il, il, entendeu que essa porra não é um jogo de mauzinho ou bonzinho. É um jogo de estratégia. Ponto! E nisso, Dourado mandou, muito, muito bem! Tomara que ele sejE cuidadoso com seu dinheiro. Espero que ele sejE...

Ouvindo: Beck (toda discografia)