quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A saga do Prêmio Multishow versus a ira do Fruto Proibido

= ) Mais um ano se passou.  Mais um ano em que o mesmo roteiro é seguido e apenas os personagens (apesar de os estereótipos dos personagens serem mantidos) são trocados. Não! Não estou falando da nova temporada de Malhação. Estou falando do Prêmio Multishow. E o pior de tudo: MAIS UM ANO EM QUE EU NÃO ARRUMO CONVITE PARA A PORRA DA PREMIAÇÃO E DA FESTA BOCA LIVRE!

Neste ano, pra piorar a situação, a festa aconteceu pertinho. Pertinho de Fernando de Noronha. Ali no HSBC Arena. Entre o nada e o coisa alguma! Nem aquela ligação joselita do amigo bebum às duas da madrugada dizendo “Bembragáaaaaa! Bembragáaaa! Rumei cunvite procê meu bródin!!!!” me deixaria menos deprê, por que não teria como chegar na Terra do Nunca mesmo...

O Prêmio Multishow, nesse quesito (convites), pra mim sempre foi uma incógnita. Conheço uma boa galera que trabalha lá (boa mesmo), sempre pertenci, de alguma forma a um mercado de trabalho relacionado ao prêmio (produção, rádio, gravadora, etc), e sempre obtive sonoros (alguns simpáticos, outros nem tanto) “nãos” como respostas às minhas suplicas por uma entrada gratuita pro ragabofe. Sim! Pro ragabofe! Por que vamos combinar: o premiação, perdoem-me os “colegatudodaemissora”, nunca foi de se encher os olhos!

Mas isso, já não importa mais. O importante é que como o previsto, equívocos e “pegadinhas” musicais e artísticas foram a tônica do programa. Pra ser muito sincero, eu alternei entre o Prêmio Multishow e a (tão ou mais interessante quanto) vida da Mulher Maçã, bem como sua suposta gravidez de um suposto ator da Globo, no, claro, programa da Gimenez! Essa noticia é realmente uma bomba! Até por que, atores jovens da Globo fazendo filhos nos dias de hoje (sem ser inseminação artificial, claro), por si só já é um espanto. Quanto mais na Mulher Maçã Gracy Kelly!!! Ji-su-is!!!!!!!!!

Pois bem, enquanto Gracy dizia em tom irônico que “estava aqui mais uma vez pra provar alguma coisa, por que a minha vida tem sido provar as coisas para o Brasil” (??????), ou algo do tipo, Maria Gadú, o sonho libidinoso e proibido de consumo atual de 10 entre 10 moçoilas “hetero” entre 16 e 25 anos, provava que saia não é mesmo sua parada (quase tropeçando na própria) e abocanhava o prêmio de “Melhor Álbum do Ano” com "Shimbalaiê", coincidentemente a pior musica do disco. Gadú desbancou o sonho de consumo “pra casar” de 10 entre 10 moçoilas de 14 a 23 anos, o Fiuk Jr, vocalista (?????) da banda Hori, além dos Nx Zeros (provando que essa moda passa em menos de 5 anos, graças ao bom Deus), ao bom"Chiaroscuro" da (suspiromegamaximo) Pitty e um tal de "The rise and fall of Beeshop" do Beeshop que nunca vi mais gordo.
Enquanto isso, na Rede TV!, Renata Banhara, que em matéria de plástica só perde mesmo pra (incrível, experimente digitar no Google: plástica e carnaval e veja o que aparece) Ângela Bismarchi (mas mesmo assim, eu como. As duas, inclusive) debatia com a Mulher Maçã, que segundo a própria, não chegou hoje e tem 14 anos de funk e conhece todo mundo do segmento, o que a credencia a ser uma sumidade no mundo dos batidões, sobre sensualidade VS vulgaridade. Maçã, por aparecer vestida nos programas (os de TV, obviamente) em que participa, se diz apenas sensual, e não vulgar. Não é incrível?
Lá em JacarepaguaCity, Victor e Léo abocanhavam o prêmio de melhor artista Sertanejo (tinha mesmo que existir esse prêmio???), sendo apresentados pelos rapazes (???) do Fresno (porra... eu já respeitei o Fresno um dia... me dá até pena fazer piada com eles) que ao anunciar a dupla como vencedora, falaram com tanto entusiasmo que pareciam mesmo serem fãs de longa data dos dois. Ou foram bem brifados pelo povo da gravadora... vai saber. Samuel Rosa ganhou melhor cantor, e assim como Caê, deve ter ficado honrado em concorrer numa mesma categoria de Di Ferrero, Dinho Ouro Preto (mesmo tendo ficado parado por causa do dodói na bebeça, 8 dos 12 meses entre uma premiação e outra), e Lucas Silveira (é o do Fresno, né???).
Melhor instrumentista é sempre uma piada pronta. Meninada de banda emo e/ou colorida, não deveria NUNCA ser relacionada. Mas lá estavam: Cadu – Strike e Rodrigo Tavares – Fresno. Ai me põem o Haroldo, que é um cara legal, criativo, mas nunca se notabilizou pro ser um grande instrumentista no Skank, o Joe, baixista da Pitty (provando que, lamentavelmente, ninguém meeeeeesmo, nem a “critica especializada”, presta atenção em baixo – sem trocadilho) e, pasmem, o único (e totalmente deslocado) musico mesmo da parada: Cesinha, baterista da Maria Gadú e Vanessa da Mata (e metade do mundo musical brasileiro). Nem quero saber quem ganhou. Na boa.
Pra aliviar meu estresse máximo, só mesmo mudar pra Rede TV! e contemplar a aparição do Mr. Catra, um gentleman como sempre, num link direto da sala de sua casa (se não era, pela forma à vontade como o maluco tava, parecia), ao lado de duas dançarinas (????), deferindo os maiores impropérios que se possa imaginar! Até agora não sei se ele advogava a favor ou contra a Mulher Maçã. Mas foi bom ouvir besteiras conscientes. 
Melhor que o discurso constrangedor e (juro que ouvi) sob vaias, das meninas, digo, meninos do Restart que ganharam “Melhor Música do Ano” (seria mais apropriado do ânus... porra... não resisti. Desculpem!) concorrendo com "Espero a Minha Vez" - Nx Zero (criar um movimentozinho de merda? Delicia! Mas pode se foder...), a onomatopéia que Gadú compôs aos 10 anos (mesma idade do pessoal do Restart, né?) e que soa como Tom e Vinicius perto da música (???) dos coloridos. Sacrilégio ou não, vou dizer que acho Meteoro, do Príncipe Luan (a outra candidata), uma canção forte. Não digo boa. Mas, forte. E a da Pitty acho muito, muito boa. Se fosse Rita Lee cantando em 1980 e alguma coisa, os puristas diriam que é uma música... foda! O mais assustador disso tudo é saber que essas foram as melhores canções do universo pop brasileiro em 2009/2010. Na boa? E o Rebolation? Magoei.
Parêntese cultural pra saia da deliciiiiiiinha da Mader mais nova. PQP três vezes! Ô lá em casa!!!!
A festcheeeeeenha seguiu com o Príncipe da New Country Music abocanhando o prêmio de Revelação do Ano, após a gafe mega monstro super giga da Fernanda Torres (maravilhosa, mesmo errando cretinamente) chamando Móveis Coloniais de Acajú ao som de Metoro tocando de BG.  O Príncipe deu um banho nos coloridos, emos, e afins com um discursinho simples (claro que não da pra fazer muita coisa, né) mas limpinho. Um fofo! E desbancou Fiuk Jr e seu Horible Band, Gadú (que já tinha ganho um mesmo), Restart (tipo... pra quem vc torceu no Freddy VS Jason??? Tipo isso...) e a Lu Alone, que é um produto da Som Livre que o Multishow tenta enfiar na goela da meninada, mas tá “dificir”... A menina é ruim não... mas sei lá. Falta algo.
Ainda teve Ivete ganhando Melhor Show (não pode estar presente e gravou um vídeo clichê, com a voz bem rouca, tadinha) e mais uma enorme gafe da Fernandinha (na verdade, essas gafes são da produção, mas quem paga o pato é o apresentador) chamando os apresentadores da próxima categoria antes do saxofonista da Ivete subir ao palco pra receber o prêmio dela, e fazendo um tremendo “carnaval na obra”. Teve também Móveis (agora sim) ganhando a categoria Experimente, apesar de já estar na estrada há uns 10 anos, e de já dever ter sido experimentado muito antes pelo canal e por todos nós. Pitty com melhor DVD (subindo ao som de uma marcha fúnebre... ok... provavelmente a música de trabalho do disco... mas não sei se apropriada pra entrega do prêmio) e Ana Carolina (é isso aiiiiiiiiiiiiii......) melhor cantora, concorrendo com (adivinhem???) Claudia Leitte (que não ganhou nadaaaaa, tra La La laa laaaaa), Ivete Sangalo, Maria Gadú e Pitty! Engraçado... um pais com tantas boas cantoras... sempre as mesmas... enfim... São essas nos prêmios jovens e Maria Bethania e Gal nos prêmios adultos/contemporâneos (se é que isso existe...rs).
Teve também o Cine, mais um desses coloridos, ganhando Melhor Banda concorrendo (e subindo ao palco no meio daquelas gostooooooooooosas da Casa Bonita. Que DESPERDICIO!) com Nx Zero e Restart (ou seja, tudo a mesma bosta), Skank (que concorre todo ano) e Titãs (sinceramente? Sei lá por que...). Na hora de fazer o discurso, o colorido do vocal parecia, como diria Adnet, ter entrado na parte “revolts” da música e agradeceu SÓ aos fãs da banda. E a mais ninguém. O outro menino da banda, mais prudente (deve ser baterista e sabe que se a banda virar abóbora antes do tempo estimado de 3 anos, ele vai ter mais dificuldade de fazer um trabalho solo romântico e vai ter que voltar a estudar publicidade na PUC Camp) agradeceu a gravadora, aos empresários, ao Multishow, MTV, ao Dunga pela convocação, à Deus e ao cramuião. Prudente.
Numa hora dessas, eu já tinha perdido (ou não), o anuncio oficial do pai do filho da Mulher Maçã. E nem foi por uma tão boa causa assim.
Tirando Caetano e Gadú, Skank e Nando Reis, com versões apenas corretas de Rapte me Camaleoa e Vem Morena, Claudia Leitte cantou (após um enorme buraco) junto com Victor e Léo uma insossa (e desafinada) versão de Pais e Filhos (com direito a uma constrangedora citação de Stand by Me) que deve ter feito Renatão se debater na cova. Cine e Lu Lone cantando I Love Rock n Roll foi piadinha de salão. A banda gringa (que ninguém com mais de 15 anos e que não viu o filme dos vampiros conhecia) mandou bem (e me fez ter vontade de conhecer um pouco mais) com a inusitada mistura com o Empolga às 9 e a homenagem das moças aos Titãs (que coisa fofa aquela menina que toca bateria no Scracho, heim...) também não foi das piores. Ah! Os cenários também estavam de primeira. 
Mas de um modo geral, me soa tudo muito previsível. Tudo muito deja vu. Falta algo realmente novo. Algo que faça valer o titulo de “um dos maiores e mais importantes prêmios da musica brasileira”. Falta. Ainda falta.
Mas afinal, quem sou eu, não é mesmo? Quem sou eu pra proferir esse monte de besteiras ai que vocês acabaram de ler???
Apenas um recalcado que não teve competência pra estar lá como músico, como produtor, nem, sequer como convidado???!!! Talvez. Mas aguardem... uma hora me descobrem e vão fazer um reality comigo: Moreno, mediano, solteiro... procura!
Me aguardem. ; )
Ouvindo: Ella Fitzgerald (ainda estou na fase anos 50 dos 1001 Discos que bla, bla, bla... Boa fase, diga-se de passagem)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Eu e Lulu. Lulu e eu.

= ) Ontem, reencontrei-me com Lulu Santos. Reencontrei-me com o prazer de assistir a um inspirado artista Lulu Santos. Não. Não fui ao camarim ao término do show, tampouco esbarrei com ele chegando de carro pelo portão backstage do Vivo Rio. Não encontrei com a pessoa Lulu Santos, apesar de já ter tido algumas poucas, inusitadas e interessantes historias com ele. Encontrei-me com ele no palco. Eu na platéia e ele no palco, obviamente. Estava lá o melhor artista “mais do mesmo” da historia da musica pop brasileira, sem nenhuma conotação pejorativa, diga-se de passagem.
Na minha avaliação, o trabalho do Lulu não se notabilizou pelas inovações musicais. Claro que você vai dizer: mas e “Eu e Memê”??? Sim, claro!!! Foi bastante ousado o mergulho na musica de pista que ele fez com Memê naquela época. Em alguns momentos, como neste, ele foi muito feliz ao tentar trazer elementos diferenciados ao pop rock certeiro que sempre fez. Mas não consigo ver isso como a tônica do trabalho dele. Apesar de identificar a preocupação que ele tem em quase sempre tentar ousar. Muitas vezes não funciona. Mas mesmo não funcionando, ainda assim existe qualidade (sempre) no que ele faz.
Lulu é um cara da “escola da canção”. Lulu é um cara da “escola do Paul”. Canções pops talhadas artesanalmente com rigor incrível. Como (quase) não se vê mais hoje em dia. Hoje, temos os mestres (incluo o próprio Lulu nesta), penando suando a camisa para apresentar duas ou três boas canções por disco, versus uma molecada que parece não dar a mínima para o sagrado oficio de se fazer boas canções e enchendo as nossas rádios, TVs e internet de melodias batidas, harmonias paupérrimas e letras medíocres. Observando o primeiro time, chego a cogitar que as boas canções são sim uma fonte que uma hora seca. Pra alguns demora mais. Bem mais. Pra outros, seca em um, dois discos. Em alguns casos, como Caetano Veloso, ela seca e volta a brotar. Mas é difícil. Não me lembro da última grande canção do Djavan, por exemplo. O Lulu mesmo tem colocado uma ou duas, no máximo, boas canções em seus últimos três, quatro discos. Tenho a leve impressão de que pros artistas que tem como matéria prima de sua musica a canção, é um pouco mais difícil essa reciclagem e continuidade, que pros artistas que tem como ponto fundamental as inovações técnicas, tecnológicas, rítmicas, de sonoridade, etc. 
A despeito disso tudo, no show Acústico Volume II que assisti na noite da ultima sexta, Lulu está (pra minha surpresa, pois não dava muita coisa por esse disco/show, visto que o Volume I considero fraquíssimo perto da obra do cantor/compositor/instrumentista/produtor brilhante que ele é) muito bem fazendo o que sabe (ou pelo menos o que tem sabido) fazer de melhor: recriar suas pérolas do cancioneiro pop brasileiro. Salvo um ou outro equivoco, o show é lindo, redondo, empolgante, emocionante e com uma pesquisa de sonoridades e timbres do universo “acústico”, como há muito eu não presenciava em nenhum trabalho do gênero no Brasil.
Uma banda incrível o acompanha e lhe da tranqüilidade e segurança pra brilhar e roubar a cena cantando, interpretando, dançando e tocando violões diversos como se fossem três ou quatro músicos tocando violões juntos. Apenas para deixar registrado, seja com guitarra ou violão, Lulu Santos é um dos melhores músicos da musica pop brasileira.
Claro que ter como matéria prima as mesmas e excelentes canções já consagradas (e mesmo as lado b, que são acima da media também) pra poder ousar na pesquisa de timbres e sonoridades, é um facilitador. Se não me engano, apenas uma ou duas músicas são inéditas.
Cenário (meio Africa, meio Jabulani...rs), iluminação, figurino, direção de palco, tudo é muito bem feito e impressionante. A participação da (nhooom, nhooom) lindíssima Marina de La Riva, acaba sendo um tanto quanto dispensável (que fique claro: não pra mim!!!), por que a platéia (ao menos a do Rio) não entende muito bem o que a moça faz ali. Mas nem de longe chega a comprometer. E o repertorio mesclando os top 5 com hits menos óbvios também funcionou lindamente.
Sai bastante satisfeito com o reencontro entre mim, Lulu e suas deliciosas “maisdomesmices”, e de certa forma mais amadurecido com essa minha busca incessante pela resposta sobre a escassez das boas canções. Tô mais tranquilão. Numa boa e curtindo o batidão. ; )


= ) Falando nisso, jamais ficarei triste, mesmo com as panelinhas, com a farofada, com a pouca perspectiva de que isso traga uma renovação, enfim... mesmo diante de todo o pessimismo inicial, jamais ficarei triste coma noticia de que teremos um novo Rock in Rio, adivinhem e pasmem, no Rio!!!!!!! Claro que estou feliz bagarai!
Mas realmente assistir ao making off da gravação do jingle e depois do começo com Frejat entrar na seqüência Toni, Ivo Meirelles, Sandra de Sá, Flausino e Ivete... até chegar a um momento “hip hop” com um slaps no baixo breguíssimos e o, obviamente, D2 falando meia dúzia de clichês... é, no mínimo, desanimador. Nada contra nenhum deles especificamente. Mas tudo contra essa junção e seqüência desastrosa!
 Sei que uma das características do festival sempre foi a diversidade. Sei também, que de um modo geral, os mais conhecidos e comercialmente viáveis artistas da musica pop brasileira estão ali e são esses. Mas será que isso é o bastante para representar (por que, sim!, esse jingle é a cara do festival) o mais importante festival de música pop do Brasil de todos os tempos??? Não sei se minha decepção é com o jingle ou com o cenário. Estou na dúvida. Mesmo.
Vale ressaltar também a carência que a música brasileira tem na atualidade de bons arranjadores. Ou eles não mais existem ou os produtores, gravadoras e os próprios artistas mesmo, não acham que é importante ter alguém especializado nessa parte tão importante da música.
No caso em especifico, achei brega, datado (isso não tem muito a ver com a execução dos músicos não, por que todos certamente são excelentes executores) e sem criatividade. Poderia ser tocado pelo NXzero ou pela banda de baile do Passeio Publico Café. Não sei se faria muita diferença não. Quem sabe se até setembro do ano que vem a coisa muda um pouco. Rezemos.


= ) Por fim, perguntar não ofende: se proibiram fazer humor com as campanhas políticas, será que a recíproca vai ser verdadeira? Será que proibirão que os políticos façam humor com ossa cara? De preferência nos próximos 4 anos? Romario, Waguinho (aquele do grupo de pagode Os Morenos que engravidou Solange Gomes, a da banheira do Gugu, foi preso por que não pagava pensão, virou evangélico e quer ser Senador), Tiritica!!! É... é dureza pra qualquer humorista concorrer com esse show de piadas.


Bjtchau!


Ouvindo: Billie Holiday (vários)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Top 3!!!

= ) A CNT, Central Nacional de Televisão, carinhosamente conhecida aqui  em casa como “Canal 9”, assim como o futebol, também é uma caixinha de surpresas. Nem sempre agradáveis, diga-se de passagem. Nos últimos (e inúteis, profissionalmente falando) dias pude acompanhar de perto alguns dos garbosos programas da distinta emissora. Dentre inúmeras bizarrices que fariam Sabbá Show parecer David Letterman, destaquei três pérolas:

1) Programa Noticias e Mais (destacando especificamente o quadro do padrinho de todos os fofoqueiros e ávidos por noticias inúteis sobre celebridades – incluindo eu mesmo –Leão Lobo) : não sei por que cargas d´água este programa encontra-se no tópico “jornalismo” do site da CNT. Vai ver que o restante do programa é de jornalismo. Vai saber... mas o fato é que Leão Lobo nunca imaginou em sua vida ter um cenário tão pobre e horrendo como o deste programa. Uma coisa meio “recepção de academia de ginástica da Vila Cosmos”, meio “consultório ginecológico em centro empresarial na Barra”... enfim... triste. Até pra mim que nada entendo de decoração. Não sei se dei sorte (ou azar), mas neste dia em especifico, onde gastei preciosos 30, 40 minutos com a TV ligada no programa, Leão entre uma fofoquinha e outra, dava espaço para a atração musical da tarde. A renomada cantora........ Tetê Espindola!!!!!!!!!!! Ah... pára! Tá de saca??? Não conhece??? Aquela do mega hit (pense na voz mais fina, no falsete mais irritante que os ouvidos caninos possam aturar) “Você pra mim fooooooooi o sooooool... de uma noite sem fiiiiiim.....// Caso do acaso bem marcado em cartas de Tarô. Ô, ô”. Lembrou? Não? Pô... tem também aquela... sensacional  (pense na voz mais fina, no falsete mais irritante que os ouvidos caninos possam aturar) “Você pra mim fooooooooi o sooooool... de uma noite sem fiiiiiim.....// Caso do acaso bem marcado em cartas de Tarô. Ô, ô”. Agora foi né? Então... só pra confirmar, é dela também aquela que fez muito sucesso nos anos 80 (pense na voz mais fina, no falsete mais irritante que os ouvidos caninos possam aturar) “Você pra mim fooooooooi o sooooool... de uma noite sem fiiiiiim.....// Caso do acaso bem marcado em cartas de Tarô. Ô, ô”. Incrível, não? Só pra constar, 4 em cada 5 Drags, travestis e transformistas que escolhiam uma música nacional para uma perfromance musical, entre meados de 80 e 90, usavam essa singela canção como tema. Tetê Espindola foi uma espécie de tia mais nova do Edson Cordeiro. Por ai... E eu dou um doce (por que de amargo já basta a vida e de salgados já bastam os preços das termas finas) pra quem adivinhar o que ela estava cantando ao vivo, voz e violão, no momento exato em que eu coloquei no canal??? Ganhou uma nhá benta quem arriscou (e petiscou):
(pense na voz mais fina, no falsete mais irritante que os ouvidos caninos possam aturar) “Você pra mim fooooooooi o sooooool... de uma noite sem fiiiiiim.....// Caso do acaso bem marcado em cartas de Tarô. Ô, ô”. Mas não foi só isso. Antes de se despedir com sua agenda de shows (???) e dando o Twitter pra quem quiser saber mais sobre o trabalho dela (o twitter é @tetêoficial... imagino que deve ter uma pá de impostoras se dando bem no twitter às custas da fama e do reconhecimento de Tetê, por isso, nada mais pertinente que ela mandar um “oficial” pra não ter problemas, não é mesmo???? #ironiaMode:on) e ouvir de Leão um emocionado e verdadeiro “venha sempre que tiver novidades pra contar pra gente, tá???”, Tetê lançou uma inacreditável canção nova contando a história de pratos que insistiam em banhar-se na pia de sua cozinha. Toquinho e Vinicius não conseguiriam um resultado estético-musical mais lúdico e eficiente!É... Até Romário soube que uma hora deveria parar... até Romário!

Destaque também para o agradecimento emocionado de Leão Lobo ao jovem príncipe da new country music, Luan Santana. Segundo Leão, Luan estava atrasadíssimo para um outro compromisso, após cantar numa festa em Barretos (SP), mas mesmo assim fez questão de recebê-lo no camarim e se disse fã de carteirinha do apresentador desde muito jovem.  Espantoso esse “desde muito jovem” para um rapaz de 18 anos... Enfim... depois vai reclamar dos comentários maldoso... Tem público teen que é cego... ai, ai, ai, ui, ui!!! #prontofalei!

2)  Fuzuê na TV: Pense no seu primo mais mala, joselito, sem noção, mas... que infelizmente é seu primo (por que se fosse amigo, você já tinha demitido). Agora pense que além de tudo, o mesmo se intitula “Sufocador” e apresenta um programa de “giro da night carioca” com um sorriso no rosto de quem acabou de comer um brigadeiro de botox e não consegue parar de mostrar os dentes. Pensou? Agora guarda essa imagem e assista ao Fuzuê na TV nos domingos, de 13:00h às 13:30h. Caso você não seja do Rio, acessa http://www.fuzuenatv.com.br/ e me fala o que achou. Destaque também para os repórteres que são exceleeeeeeeentes, néeeeim! Tirando a menina loirinha que não precisa nem falar com uma carinha linda daquelas (na verdade nunca nem prestei atenção se ela é boa ou ruim... mas deve ser uma espécie Fiorella Mattheis série B), o restante é de uma vergonha alheia sem precedentes!  
Fuzuê na TV é a voz da Barra da Tijuca na TV brasileira. Tipo assim mermão...

3)  Utopia na TV: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH! Eu tô malucoooooooooo!!! O funk que dominou as paradas de sucesso em Sodoma e Gomorra é a primeira coisa que me vem à cabeça quando entra a vinheta do programa que, não fosse pela quantidade de gostosas com beleza de nível duvidoso, mas muita pró-atividade que o genial (fó) apresentador José Luiz Freire Bottino, um hibrido de Maria Bethania e Snoop Dogg, coloca rebolando na tela, acho que nem os próprios amigos do cara assistiriam a esse show de horrores.
Eu, sinceramente, não pesquei muito bem até agora qual o mote do programa. Sei que ele apresenta umas “modelos” da “agencia” do programa e se não me engano, seleciona “modelos” pra participar de um “reality” chamado Casa das Modelos que vai ao ar  durante o programa, onde (pelo menos ate agora) elas só apareceram daçando de shortinho e tomando café da manha de pijama (acho que a verba de produção não tá rolando como eles imaginaram...). Muito luxo. Muita riqueza. Muito glamour. Muita vida.
Pra não dizer que é mentira, acessa ai:

Gente! Juro! É tudo verdade. Por mais surreal que possa parecer. É tudo verdade! E como diria Pitty, digo Nietzsche: eu aumento. Mas não invento! Ou seria Nelson Rubens......?

= ) Mudando de CNT pra Rede TV!, Gimenez só me dá orgulho! Uma pena ter pego só o final do programa. Mas pelo que eu entendi era sobre baixa auto-estima... pessoas mal cuidadas, largadinhas. E uma gordinha tava lá e deve ter passado por uma dessas transformações, onde alisam o cabelo, enchem de maquiagem, colocam na pessoa roupas com o numero certo e convencem ela de que esta bonita. Mas o melhor era Gimenez, no final, tal qual uma pastora evangélica no ato do descarrego, gritando e mandando a menina repetir: Eu posso! Eu posso!!! A menina estava nitidamente constrangida com a situação e mandava um “eu posso” que mais parecia um “me tirem daqui. Urgente!”. GE-NI-AL!
= ) Pra terminar, por falar em Rede TV!, tem um tal de Superpapo (um desses chats de telefone pra arrumar namorado) que deve ter comprado um bom pacote de horas na grade da emissora,  por que de segunda a segunda, pelo menos umas  três vezes por dia vejo os comerciais (que duram uns 5 minutos, pelo menos). Enfim... isso não importa. Além do comercial ser tosco, muito tosco, e de ter uma trilha sonora incrível cantada (e dançada) por uma banda que aparece ao longo do comercial, um sujeito com cara de “o mais loser do bairro” reclama da vida, de não ter amigos, de fazer as mesmas coisas todos os dias, de não ter uma namorada, etc, etc, etc. Claro que o Superpapo é a solução e, claro que ele arruma uma namorada gatinha (mas que certamente deve ser uma psicopata de marca maior) e eles saem e se divertem a valer andando de mãos dadas no parque e rodando (aquela cena clássica em que o ator segura a câmera e gira como se tivesse de mãos dadas com o parceiro) de mãos dadas como se não houvesse amanhã (na vida real, nunca vi um casal retardado ao ponto de protagonizar essa cena).  Mas ainda assim, o ator continua com a mesma cara de “o maior loser do bairro”, o que me fez pensar que independente do papel, ele tem cara de “o maior loser do bairro”. Não deu outra! Dia desses vendo um comercial da Renault com o Bento Ribeiro (o do Furo MTV), ele apresenta o personagem protagonista do comercial: Zé Uruca (pelo nome, vocês já podem imaginar). Quem é o Zé Uruca???? Quem??? Quem???? Mais um doce pra quem adivinhar!
Links abaixo:



bjs e saudações tricolores lá do alto da tabela.
Ouvindo: Stone Temple Pilots (homônimo novo de 2010)
Em tempo: quando você se conforma de que o rock acabou, e começa a trabalhar definitivamente isso na sua cabecinha, vem uns filhadaputas desses e te dizem: ó! Otárioooo! A gente ainda faz o bom e velho rock! Discaço.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Metrô é a maior diversão!

= ) Não importa a linha nem o sentido. Andar de metrô pode ser uma experiência antropológica incrível. Dessa vez foi na linha dois, sentido Pavuna (e lelê!!!!!!).
Duas jovens mulheres (nitidamente mãe e filha, aproximadamente 40 e 12 anos) entram e, apesar de todo o espaço dentro do vagão (incluindo cadeiras vazias), resolvem parar praticamente em cima de mim. Duas ou três estações depois, a menina gordotinha trajando, adivinhem, saia de cintura alta (!!!) e um top uns 3 ou 4 números abaixo do que ela deveria efetivamente usar, já estava com o ombro nas minhas axilas (eu, na inútil tentativa de evitar uma aproximação, cheguei a cruzar os braços para minimizar a área de contato) e a eu já estava espremido entre a fofucha e o banco do lado. Sua mãe, claro, não tomava nenhuma atitude e conversava com um grupo de outras meninas de diversas idades que pareciam ter saído de um show do RBD. Depois de bufar, resmungar, praguejar, só me restou pisar no pezinho hipopótico da pré-adolescente. Um, dois, três, oito pisões bem dados depois, ela e a mamy vazaram do meu lado e foram para o lado oposto do metrô. Amém.
Notei que em comum, além do extremo mau gosto para se vestir, todas tinham uma pulseira estilo área VIP rosa fluorescente no pulso.
Consegui, a muito custo, pois todas gritavam e falavam ao mesmo tempo, entender que estavam saindo de um desses programas de rádio tipo estúdio ao vivo, ou algo que o valha, e debatiam sobre o cansaço do astro em questão:
- Mas ele tem feito uns 20 shows por mês! – disse uma delas.
- Tadinho... por isso aquelas olheiras todas. – complementou outra.
- Ele podia me levar junto... hihihihi! – soltou uma mais atiradinha.
- Ele viaja no jatinho particular dele. – sentenciou uma menina que, até então estava calada, e não fosse pela pulseira rosa, eu até diria que não se tratava do mesmo grupo, por que ela estava vestida como algo quase emo. Não tava mal não (principalmente se comparada às outras)... mas era uma espécie dessas rockers coloridas que pipocam por ai. Ela era um pouco mais velha, até bem gatinha e parecia estar indo a um show do NXZero.
- A gente conversou pouco dessa vez. Ele está bem mais ocupado do que antigamente... – ela continuou. – Mas, continua um fofo, como sempre.
- AAAAAAAAAAh........ – suspiraram todas em uníssono.
Eu tinha algumas suspeitas de quem era a bola da vez. Mas minhas duvidas cessaram quando a bolotinha fofa que há 5 minutos estava enganchada em mim virou-se pra sua mãe e decretou:
- Ele podia era voar de verdade! Dessa vez ele nem voou.
Shazam! Zas!!! Eureka!!!! Luan Santana (ele “voa” pendurado por cabos de aço por cima da platéia em seus shows).
Sim! O príncipe da new brazilian country music! O fofo mais fofo de todos os fofos! Podia ser pior. Podia ser o Restart. Ou podia ser a minha filha.... sei lá.
No mesmo vagão, uma senhora com cara de quem havia acabado de parcelar o celular (que tocava, claro, com a musiquinha do acordeom eletrônico nas alturas) em 12 vezes no crediário da Ricardo Eletro, conversava (aos berros) com alguém que lhe devia um dinheiro:
- Sim Janete! Paguei tudo Janete! R$478,00! Paguei no meu cartão. Sim. Janete???? Tá me ouvindo (tira o celular da orelha e olha pra ele enquanto grita)??? Tem que me pagar até o fim do mês Janete! É!!! F-I-M-D-O-M-Ê-S!!! Eu já adiantei todas as parcelas sim. Janete??? Janete??? Caiu...
O telefone toca novamente. Ela deixa o acordeom irritar a todos (ou a quase todos, por que uma jovem senhorita totalmente arritimada mexeu os ombrinhos como se tivesse adentrado o Caldeirão da Via Show naquele exato momento) mais um pouco, afinal, era um celular caríssimo (???) e todos deveriam ouvir a potência do seu toque:
- Caiu Janete! Caiu. É Janete... to no metrô sim. Janete, quando eu chegar em casa a gente conversa. To parecendo até pobre falando de parcelamento dentro do metô!!! Tchau Janete.
Ela desliga o celular, coloca na capinha (claro que tinha capinha) e dá aquela giradinha de olhinho como quem está de saco cheio da vida mansa.
E eu com meu Samsung de R$99,00 das Casas Bahia vibrando no bolso. Fiquei até com vergonha de atender...
Mas tudo isso valeu a pena por que o meu ponto de encontro era no Nova América Outlet Shopping de Del Castilho.
Tá com baixa auto-estima? Tá se querendo pouco? Tá sissi quase nada??? Tá querendo se sentir poderosa (o)??? Vai dar uma passeio (mesmo que de 15 minutinhos, como eu fiz enquanto esperava Fabrízio) no Nova América.
Ném.....as mina olha tuuuuudo!!! E vou te falar??? Cada pecinha... show de bola!
É bom para o moral, como diria Rita Cadillac. Que Deus a tenha.
= ) Por falar em Restart (acho que citei a banda em algum momento acima) eles estarão hoje no Casseta e Planeta. Incrível como o que um dia já foi motivo de temor por parte de qualquer artista de qualidade artística duvidosa, hoje é apenas mais um meio (inofensivo e imagino, eficaz) de divulgação disputado por gravadoras. Lamentável...
= ) Leonardo Magalhães, vulgo Gnomo Léo, lança a seguinte pérola hoje por email:
Ontem fui ao cinema do Rio Sul ver "A Origem". Na minha frente senta Jobson (atacante do Botafogo) e família (literalmente, irmãos, mulher, mãe e até um bebê - cada um com sua pipoca mega).

Com 15 minutos de filme eu pensei: - "porra, se eu estou penando pra entender o filme, imagina o Jobson". Não deu outra, 15 minutos depois ele fala: "filme complicado do caralho". Levanta e vai embora com a família toda. E foi só.

= ) Todo homem deveria ter direito a uma Cléo Pires. Deveria estar na declaração dos direitos humanos. Na constituição. No evangelho... porra!!! Devia estar em algum lugar.

= ) Totó e Mimi.... que dupla, heim!
Ouvindo: Elvis Presley (Elvis is back)

Em tempo: surrupiado do FB de Leandro Ravaglia, o link excelente para baixar todos os discos citados no excelente livro (minha bíblia nos últimos tempos) 1001 Discos para ouvir antes de morrer:

http://nobrasil.org/1001-discos-para-ouvir-antes-de-morrer/

terça-feira, 3 de agosto de 2010

assim que........

..............a oi deixar, terei internet em casa.
assim que tiver internet em casa, volto a escrever no blog.
prometo (beijando e cruzando os dedos)!

; )