sábado, 26 de junho de 2010

Suicide White

= ) Há exato um ano e um dia após a morte do maior ídolo/ícone pop da minha geração (e talvez de toda a historia da música pop mundial até hoje), e, após pensar seriamente (ou nem tanto) no assunto (a morte) por alguns poucos minutos, deitado na cama de um quarto de hotel em São Paulo, chego a conclusão de que Michael Jackson, no ultimo grande e inteligentíssimo ato de sua carreira (e vida) cometeu suicídio!

Assisto neste momento ao clipe número 4 da contagem regressiva do Top 40 das mais importantes músicas (e clipes) da trajetória de Michael segundo a MTV. A canção é “Black or White”. O disco é “Dangerous” e o ano 1991. A música é matadora. A produção não era mais do mídas Quincy Jones, e nem por isso deixou de ser genial.
“Dangerous”, na minha opinião, foi o verdadeiro canto do cisne de Michael. O que veio a seguir na década de noventa inteira, não acrescentou em nada a carreira musical do cantor, e os intermináveis escândalos extra palco só denegriram a imagem do cara.
Então volto minhas lembranças para a década de 80. E por mais que me esforce para recordar algo musicalmente tão relevante e que pudesse rivalizar em termos de representatividade popular com o “boom” do movimento BRock, apenas um nome me vem à cabeça, e esse nome é Michael Jackson.
Qualquer criança naquela época (inclusive eu), preta ou branca, queria ser Michael Jackson. Eu fazia aula de “break”, putaqueopariu!!!!! E tinha luvas de lantejoula e chapeuzinho panamá (bem antes da Gadú usá-lo)!!!! E por mais ridículo que possa parecer quando lembro disso, ainda é muito mais “digno” do que pensar que hoje, os meninos de 10, 12 anos, andam vestidos (e com aquele cabelinho questionável) do Justin Bieber (como vi um ontem aqui em SP)!!! Pq sem sombra de duvidas, Michael Jackson era um gênio. Ele não era apenas (era também) um super produto de mídia. Ele era um musico incrível, grande compositor pop, produtor, arranjador... Michael sabia tudo! Sabia tudo o que fazia. Off The Wall, Thriller e Bad é a trilogia da música pop da historia! Deixe numa caixa preta esses três CDs junto com quaisquer outros três CDs dos Beatles e qualquer alienígena saberá o que foi a civilização crista ocidental no caso de uma hecatombe e destruição total do planeta.
Porém, contudo, todavia, Michael, apesar de gênio, era humano. E ser humano é estar sujeito a erros. E a problemas, e a incompreensões, e etc, etc. E não sei realmente se o hiato criativo (salvo um ou outro momento) que se seguiu nas décadas de 90 e 00 tem relação direta com esses problemas extra musicas. Mas o fato é que o rei do pop foi consumido pela própria máquina que o catapultou.
Me questiono se essa turnê (This is it) seria o que todos esperávamos. Claro que eu daria meu dedinho mindinho pra assistir ao espetáculo. Mas... será que seria o sucesso que imaginávamos ou se, principalmente,seria um novo começo (principalmente musical/criativo) na carreira do cantor? E no fundo, bem lá no fundo, também acho que a dúvida pirava na cabeça dele. E alguém como Michael Jackson não poderia conviver com esse tipo de duvida. Entre a dúvida do recomeço e a certeza da imortalidade, acho que o engenhoso artista optou pela segunda, e, num último lampejo de genialidade, pediu (conscientemente) mais e mais doses de PROPOFOL. Na minha humilde opinião, ele sabia exatamente o que estava fazendo.
Tendo algum nexo ou não, o fato é que depois da morte, Michael Jackson voltou a ser um fenômeno como não se via há muito tempo. Seus discos vendiam como água. Seus hits voltaram a invadir todas as rádios. Suas canções alcançaram uma nova geração que estava, até então, literalmente cagando e andando (e não no passinho do Moonwalk) pra sua existência e sua obra. Todos os pecados foram perdoados, todas as dúvidas foram soterradas. Nunca vou me esquecer num show que fiz com a dupla sertaneja que eu produzia, uns 2 meses após a morte de Michael, no interiorzão de MG, e que entre hits sertanejos, musiquinhas eletrônicas farofa da moda, pagodes e Ivete, o momento mais catártico da noite (composta basicamente por um publico de 15 a 20 anos) foi um medley de hits de MJ mixados com uma batida dançante mais pro funk. Geral cantava e urrava, e dançava, e delirava, num transe que eu não via há tempos.
Nesse momento, eu tive a certeza de que Michael, assim como Vargas, deixava a vida e entrava para historia!

= ) Se tivesse tido tempo na última semana, teria escrito um texto inteirinho detonando e escrotizando implacavelmente o talento para atuação de Reinaldo Gianecchini, o Rick Martin brasileiro e “tesouro” da minha mãe. Mas não é que, justamente nesta mesma ultima semana, algumas poucas cenas (principalmente a ultima com a Fernanda Montenegro onde ele diz que é vontade do Rex, digo, Totó, que Giane ocupe um cargo na empresa) tem tocado (de leve) meu coraçãozinho de gelo de “Barbara Heliodora da TV”??? Gianecchini não é e nunca será um grande ator, mas assim como Paulinho Vilhena em Paraíso Tropical e Bruno Gagliasso em Arebaba das Índias (este ultimo já voltou a ser canastrão), esse pode ser o papel que o eleve do padrão CiganoIgor/ErikMarmore a um... Francisco Cuoco New Generaton. Aguardemos cenas dos próximos capítulos.

= ) CQC (esse sim pra queimar minha língua, e principalmente no comemorativo programa número 100) e Pânico são, sem duvida, excelentes (cada um na sua) programas! E tenho dito.

= ) Por fim, afano do FB do querido amigo Rodrigo Sabatinelli o incrível vídeo de Caê falando sobre Lobão. Vale (e muito) a pena ver de novo.

http://www.youtube.com/watch?v=aiY43GuG7Wc&feature=related


Ouvindo: Top 40 – Michael Jackson MTV

Um comentário:

  1. Olá meu amigo, valeu pela matéria da Renault e Super Papo, gostei muito, abração.
    Luis Sandei

    ResponderExcluir