quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Descolando uma Helena

= ) Terminou na ultima terça, 06 de outubro, a melhor série de televisão voltada pra jovens que foi produzida na TV Brasileira nos últimos tempos (pra ser honesto, não me lembro de nada no segmento tão bom assim): Descolados, da MTV.
Uma série onde jovens falavam como realmente falam os jovens, bebiam como realmente bebem os jovens, fumavam como realmente fumam os jovens, trepavam como realmente trepam os jovens, e principalmente, dançavam nas boates (ou baladas, já que se passava em Sampa), como realmente dançam os jovens nas boates, coisa que as novelas da Globo, mesmo com diretores renomados e um caminhão de dinheiro para produzir cada cena, jamais conseguiram na historia.
O titulo da série é mais que perfeito, por que o grupo em questão é o estereótipo da juventude “descolada” da terra da garoa. Sem nenhuma conotação pejorativa ou ironia. No melhor sentido da palavra.
A série contou a historia de três jovens (Teco, Lud e Felipe) de São Paulo, que resolvem sair de casa e acabam, por conta de uma série de situações inusitadas, se conhecendo e indo morar juntos.
O grande mérito da direção e do roteiro foi ter criado uma galera da qual qualquer jovem gostaria de, de alguma forma, participar, seja ele politicamente correto ou incorreto.
Eu fico me perguntando que tipo de adolescente, ou jovem, entre 13 e 20 anos, assiste a Malhação e diz: nossa... eu queria ser um cara empreendedor igual ao Peralta! Nossa... como a Yasmim é engraçada...Hu Hu Hu!!! Ou ainda: cara! Quero ter uma banda igual a Quadribanda (que já foi Vagabanda...Deus)! Eles são supimpas!
Porra! Não dá. Não dá pro jovem continuar sendo tratado como retardado (por mais que ele esteja se portando como), vivendo num mundinho antigo de conto de fadas, esperando o principezinho encantado ou a princesa para casar virgem!
Não existe mais jovem virgem. A não ser nas novelas do Manoel Carlos.
E por mais que Descolados tenha abordado de forma super direta, nua e crua, temas que realmente fazem parte da vida do jovem de hoje, como sexo, drogas e música descolada, essa abordagem nunca foi idiotizada. Sempre foi colocada de forma esperta, consciente, ousada... com um toquezinho de irresponsabilidade, claro, afinal, eles são jovens, jovens, jovens... do exercito do surf! Ou do skate... enfim.
A série esta inteira no site da MTV pra galera conferir.
Que venham mais séries “descoladas” como essa!

= ) A novelinha do Maneco está do jeitinho que a gente imagina uma novelinha do Maneco. Aqueles dramas pequeno-burgueses, que o povo deve olhar pra tela e pensar: Ah! Meu sonho era ter uns problemas assim (o lado positivo de ser pobre é poder sonhar com qualquer coisa, até com problemas menores que os seus)!
Tipo: meu sonho era que o maior dos meus problemas fosse confundir meu esposo (pobre tem esposo) com o irmão gêmeo dele... (nunca vi gêmeos pobres...)!
Ou então: de que cor eu vou pintar e decorar o quarto do bebê de minha filha que engravidou de um traficante (o traficante faz parte, mas a cor do quarto, que será dividido por mais 8 irmãos, a gente sabe que é tijolo... ou cimento)? Não dá, né?
Outro dia, Tais Araújo no meio de um jantar romântico, em plena lua de mel em Paris, ao ser indagada pelo marido sobre a que deveriam brindar, não pensou duas vezes: propôs um brinde a sua irmã prenha e ao filho do traficante que ela estava esperando. Mais broxante, impossível. E arriscado, já que seu marido já passou dos 50. Zé Mayer deve ter no bolso do paletó uma cartelinha do azulão pra situações como essas.
Falando em Tais Araujo, ela continua não convencendo como boa moça. E essa Helena também é um porre... imagino essa mulher gozando. Deve evocar a paz mundial na hora do orgasmo. Credo! Mas voltando a Tais Araujo, ela é uma espécie de versão afro da Alessandra Negrini. Ele não convence como boa moça de jeito nenhum... talvez por que realmente não seja.
Enfim... vamos nessa overdose de água com açúcar até aparecer um câncer, uma leucemia, um estupro, um maremoto no Leblon...sei lá. Ate o segundo terço da novela alguma coisa pinta.

= ) The Fixer, a musica nova do Pearl Jam, não é nada de mais. Mas ainda assim é bem melhor que 80% do que aparece no rock mundial nos dias de hoje. Onde vamos parar? Medo.

Ouvindo: The Fixer - Pearl Jam

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