quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A saga do Prêmio Multishow versus a ira do Fruto Proibido

= ) Mais um ano se passou.  Mais um ano em que o mesmo roteiro é seguido e apenas os personagens (apesar de os estereótipos dos personagens serem mantidos) são trocados. Não! Não estou falando da nova temporada de Malhação. Estou falando do Prêmio Multishow. E o pior de tudo: MAIS UM ANO EM QUE EU NÃO ARRUMO CONVITE PARA A PORRA DA PREMIAÇÃO E DA FESTA BOCA LIVRE!

Neste ano, pra piorar a situação, a festa aconteceu pertinho. Pertinho de Fernando de Noronha. Ali no HSBC Arena. Entre o nada e o coisa alguma! Nem aquela ligação joselita do amigo bebum às duas da madrugada dizendo “Bembragáaaaaa! Bembragáaaa! Rumei cunvite procê meu bródin!!!!” me deixaria menos deprê, por que não teria como chegar na Terra do Nunca mesmo...

O Prêmio Multishow, nesse quesito (convites), pra mim sempre foi uma incógnita. Conheço uma boa galera que trabalha lá (boa mesmo), sempre pertenci, de alguma forma a um mercado de trabalho relacionado ao prêmio (produção, rádio, gravadora, etc), e sempre obtive sonoros (alguns simpáticos, outros nem tanto) “nãos” como respostas às minhas suplicas por uma entrada gratuita pro ragabofe. Sim! Pro ragabofe! Por que vamos combinar: o premiação, perdoem-me os “colegatudodaemissora”, nunca foi de se encher os olhos!

Mas isso, já não importa mais. O importante é que como o previsto, equívocos e “pegadinhas” musicais e artísticas foram a tônica do programa. Pra ser muito sincero, eu alternei entre o Prêmio Multishow e a (tão ou mais interessante quanto) vida da Mulher Maçã, bem como sua suposta gravidez de um suposto ator da Globo, no, claro, programa da Gimenez! Essa noticia é realmente uma bomba! Até por que, atores jovens da Globo fazendo filhos nos dias de hoje (sem ser inseminação artificial, claro), por si só já é um espanto. Quanto mais na Mulher Maçã Gracy Kelly!!! Ji-su-is!!!!!!!!!

Pois bem, enquanto Gracy dizia em tom irônico que “estava aqui mais uma vez pra provar alguma coisa, por que a minha vida tem sido provar as coisas para o Brasil” (??????), ou algo do tipo, Maria Gadú, o sonho libidinoso e proibido de consumo atual de 10 entre 10 moçoilas “hetero” entre 16 e 25 anos, provava que saia não é mesmo sua parada (quase tropeçando na própria) e abocanhava o prêmio de “Melhor Álbum do Ano” com "Shimbalaiê", coincidentemente a pior musica do disco. Gadú desbancou o sonho de consumo “pra casar” de 10 entre 10 moçoilas de 14 a 23 anos, o Fiuk Jr, vocalista (?????) da banda Hori, além dos Nx Zeros (provando que essa moda passa em menos de 5 anos, graças ao bom Deus), ao bom"Chiaroscuro" da (suspiromegamaximo) Pitty e um tal de "The rise and fall of Beeshop" do Beeshop que nunca vi mais gordo.
Enquanto isso, na Rede TV!, Renata Banhara, que em matéria de plástica só perde mesmo pra (incrível, experimente digitar no Google: plástica e carnaval e veja o que aparece) Ângela Bismarchi (mas mesmo assim, eu como. As duas, inclusive) debatia com a Mulher Maçã, que segundo a própria, não chegou hoje e tem 14 anos de funk e conhece todo mundo do segmento, o que a credencia a ser uma sumidade no mundo dos batidões, sobre sensualidade VS vulgaridade. Maçã, por aparecer vestida nos programas (os de TV, obviamente) em que participa, se diz apenas sensual, e não vulgar. Não é incrível?
Lá em JacarepaguaCity, Victor e Léo abocanhavam o prêmio de melhor artista Sertanejo (tinha mesmo que existir esse prêmio???), sendo apresentados pelos rapazes (???) do Fresno (porra... eu já respeitei o Fresno um dia... me dá até pena fazer piada com eles) que ao anunciar a dupla como vencedora, falaram com tanto entusiasmo que pareciam mesmo serem fãs de longa data dos dois. Ou foram bem brifados pelo povo da gravadora... vai saber. Samuel Rosa ganhou melhor cantor, e assim como Caê, deve ter ficado honrado em concorrer numa mesma categoria de Di Ferrero, Dinho Ouro Preto (mesmo tendo ficado parado por causa do dodói na bebeça, 8 dos 12 meses entre uma premiação e outra), e Lucas Silveira (é o do Fresno, né???).
Melhor instrumentista é sempre uma piada pronta. Meninada de banda emo e/ou colorida, não deveria NUNCA ser relacionada. Mas lá estavam: Cadu – Strike e Rodrigo Tavares – Fresno. Ai me põem o Haroldo, que é um cara legal, criativo, mas nunca se notabilizou pro ser um grande instrumentista no Skank, o Joe, baixista da Pitty (provando que, lamentavelmente, ninguém meeeeeesmo, nem a “critica especializada”, presta atenção em baixo – sem trocadilho) e, pasmem, o único (e totalmente deslocado) musico mesmo da parada: Cesinha, baterista da Maria Gadú e Vanessa da Mata (e metade do mundo musical brasileiro). Nem quero saber quem ganhou. Na boa.
Pra aliviar meu estresse máximo, só mesmo mudar pra Rede TV! e contemplar a aparição do Mr. Catra, um gentleman como sempre, num link direto da sala de sua casa (se não era, pela forma à vontade como o maluco tava, parecia), ao lado de duas dançarinas (????), deferindo os maiores impropérios que se possa imaginar! Até agora não sei se ele advogava a favor ou contra a Mulher Maçã. Mas foi bom ouvir besteiras conscientes. 
Melhor que o discurso constrangedor e (juro que ouvi) sob vaias, das meninas, digo, meninos do Restart que ganharam “Melhor Música do Ano” (seria mais apropriado do ânus... porra... não resisti. Desculpem!) concorrendo com "Espero a Minha Vez" - Nx Zero (criar um movimentozinho de merda? Delicia! Mas pode se foder...), a onomatopéia que Gadú compôs aos 10 anos (mesma idade do pessoal do Restart, né?) e que soa como Tom e Vinicius perto da música (???) dos coloridos. Sacrilégio ou não, vou dizer que acho Meteoro, do Príncipe Luan (a outra candidata), uma canção forte. Não digo boa. Mas, forte. E a da Pitty acho muito, muito boa. Se fosse Rita Lee cantando em 1980 e alguma coisa, os puristas diriam que é uma música... foda! O mais assustador disso tudo é saber que essas foram as melhores canções do universo pop brasileiro em 2009/2010. Na boa? E o Rebolation? Magoei.
Parêntese cultural pra saia da deliciiiiiiinha da Mader mais nova. PQP três vezes! Ô lá em casa!!!!
A festcheeeeeenha seguiu com o Príncipe da New Country Music abocanhando o prêmio de Revelação do Ano, após a gafe mega monstro super giga da Fernanda Torres (maravilhosa, mesmo errando cretinamente) chamando Móveis Coloniais de Acajú ao som de Metoro tocando de BG.  O Príncipe deu um banho nos coloridos, emos, e afins com um discursinho simples (claro que não da pra fazer muita coisa, né) mas limpinho. Um fofo! E desbancou Fiuk Jr e seu Horible Band, Gadú (que já tinha ganho um mesmo), Restart (tipo... pra quem vc torceu no Freddy VS Jason??? Tipo isso...) e a Lu Alone, que é um produto da Som Livre que o Multishow tenta enfiar na goela da meninada, mas tá “dificir”... A menina é ruim não... mas sei lá. Falta algo.
Ainda teve Ivete ganhando Melhor Show (não pode estar presente e gravou um vídeo clichê, com a voz bem rouca, tadinha) e mais uma enorme gafe da Fernandinha (na verdade, essas gafes são da produção, mas quem paga o pato é o apresentador) chamando os apresentadores da próxima categoria antes do saxofonista da Ivete subir ao palco pra receber o prêmio dela, e fazendo um tremendo “carnaval na obra”. Teve também Móveis (agora sim) ganhando a categoria Experimente, apesar de já estar na estrada há uns 10 anos, e de já dever ter sido experimentado muito antes pelo canal e por todos nós. Pitty com melhor DVD (subindo ao som de uma marcha fúnebre... ok... provavelmente a música de trabalho do disco... mas não sei se apropriada pra entrega do prêmio) e Ana Carolina (é isso aiiiiiiiiiiiiii......) melhor cantora, concorrendo com (adivinhem???) Claudia Leitte (que não ganhou nadaaaaa, tra La La laa laaaaa), Ivete Sangalo, Maria Gadú e Pitty! Engraçado... um pais com tantas boas cantoras... sempre as mesmas... enfim... São essas nos prêmios jovens e Maria Bethania e Gal nos prêmios adultos/contemporâneos (se é que isso existe...rs).
Teve também o Cine, mais um desses coloridos, ganhando Melhor Banda concorrendo (e subindo ao palco no meio daquelas gostooooooooooosas da Casa Bonita. Que DESPERDICIO!) com Nx Zero e Restart (ou seja, tudo a mesma bosta), Skank (que concorre todo ano) e Titãs (sinceramente? Sei lá por que...). Na hora de fazer o discurso, o colorido do vocal parecia, como diria Adnet, ter entrado na parte “revolts” da música e agradeceu SÓ aos fãs da banda. E a mais ninguém. O outro menino da banda, mais prudente (deve ser baterista e sabe que se a banda virar abóbora antes do tempo estimado de 3 anos, ele vai ter mais dificuldade de fazer um trabalho solo romântico e vai ter que voltar a estudar publicidade na PUC Camp) agradeceu a gravadora, aos empresários, ao Multishow, MTV, ao Dunga pela convocação, à Deus e ao cramuião. Prudente.
Numa hora dessas, eu já tinha perdido (ou não), o anuncio oficial do pai do filho da Mulher Maçã. E nem foi por uma tão boa causa assim.
Tirando Caetano e Gadú, Skank e Nando Reis, com versões apenas corretas de Rapte me Camaleoa e Vem Morena, Claudia Leitte cantou (após um enorme buraco) junto com Victor e Léo uma insossa (e desafinada) versão de Pais e Filhos (com direito a uma constrangedora citação de Stand by Me) que deve ter feito Renatão se debater na cova. Cine e Lu Lone cantando I Love Rock n Roll foi piadinha de salão. A banda gringa (que ninguém com mais de 15 anos e que não viu o filme dos vampiros conhecia) mandou bem (e me fez ter vontade de conhecer um pouco mais) com a inusitada mistura com o Empolga às 9 e a homenagem das moças aos Titãs (que coisa fofa aquela menina que toca bateria no Scracho, heim...) também não foi das piores. Ah! Os cenários também estavam de primeira. 
Mas de um modo geral, me soa tudo muito previsível. Tudo muito deja vu. Falta algo realmente novo. Algo que faça valer o titulo de “um dos maiores e mais importantes prêmios da musica brasileira”. Falta. Ainda falta.
Mas afinal, quem sou eu, não é mesmo? Quem sou eu pra proferir esse monte de besteiras ai que vocês acabaram de ler???
Apenas um recalcado que não teve competência pra estar lá como músico, como produtor, nem, sequer como convidado???!!! Talvez. Mas aguardem... uma hora me descobrem e vão fazer um reality comigo: Moreno, mediano, solteiro... procura!
Me aguardem. ; )
Ouvindo: Ella Fitzgerald (ainda estou na fase anos 50 dos 1001 Discos que bla, bla, bla... Boa fase, diga-se de passagem)

5 comentários:

  1. Ameiiiii!
    Apoiado!
    Bjs,
    Carol.

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  2. obviamente e como sempre, eu ri (eu realmente ADORO seus textos). mas a melhor parte disparado foi vc rir pq a claudia leit(t)e (nunca sei!) não ganhou nada! =)

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  3. valeu carol!!!!
    sorrisoooooo!!!! não creio que vc não vai estar no aniversário da michele. = (
    e claudia leitte.... é coisa nossa!!!

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  4. João estou com vc e não abro! Realmente anda assustador o cenário músical aqui no Brasil. O que prova que o que importa aqui é o Mkt e não a qualidade. O que é shimbalaê? Gosh! é a pior música de todos os tempos! Mas como foi tema de novela global basta para geral dizer amar... que medo!

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  5. querida, vou so discordar em um ponto: nao acho a musica boa. mas tb nao acho ruim. acho sim que ela esgotou pq foi tema de novela. mas nao é uma musica ruim. acho sim que é a pior do disco. a gadu é muito, muito boa. mas entendo seu descontentamento com a musica. qto ao resto, concordamos! ; )

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